SER TAO BOM

Seu moço eu sou da roça, no meio do sertão criado, vendo tudo de bonito, o pasto cheio de gado a lavoura prometendo safra de bom resultado.

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O orvalho molhador de manhã logo cedinho, na descida pro curral pra tirar nosso leitinho, deixava o mato mais belo e bem florido o caminho.

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A paisagem do sertão por si só é uma poesia, é de fato bela visão sagrada fotografia, que a cada raiar do sol, Deus revela todo dia.

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O dia amanhece bonito, a terra toda orvalhada, fumaça na chaminé, a comida preparada, quem nunca viu não conhece essa vida abençoada.

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Coalhada cuscuz aipim, tapioca bolo de milho, carne seca com farinha chega aos olhos dá brilho, Vê nossa mesa enfeitada com o olhar do nosso filho.

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Galo canta no terreiro, galinha cisca no monturo, bode berra no chiqueiro nesse som eu me misturo e vivo sorrindo a toa nesse meu sertão seguro.

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Enxada foice martelo, grampo para consertar uma cerca por ali, a gente tem que ajeitar carpindo com alegria e o nosso roçado limpar.

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Vem ver de perto seu moço, o que é felicidade ver crescer o que se planta pra sustentabilidade coisas que você não ver na sua grande cidade.

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Tua roça é o Ceasa, entreposto de mercadoria que quando chega à feira, aumenta à carestia, tu comes tudo envenenado te matando dia após dia.

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Se tiver tempo um dia, venha cá no meu sertão, tudo que aqui é plantado é feito com o coração, é tudo bem natural e agrotóxico não tem não.

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Batata, coentro, cebola, alface e almeirão, sinta o gosto da terra, da força que vem do chão, que dá rigor e saúde ao (caboco) deste sertão.

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Falar do chão e da terra, do sol da chuva, do vento, da brisa que nos envolve, sem poluição nem tormento é desse jeito que vivo, saudável a todo o momento.

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Carlos Silva – poeta cantador Cipó – Bahia pro Brasil todinho.

cscantador@gmail.com (75) 99838-5777