ÁGUAS NEGRAS DA SOLIDÃO
 
Meu coração é timoneiro,
Mas, a razão é meu arrais,
A paixão é dor sem jeito,
Mas, o amor é meu anais,
Se sou ilusão, pluma leve,
Não tens a mim, insinuais.
 
Essa tua fictícia insinuação,
Qual, me procuras no vento,
Como, quem se atreve, só,
Vagar no deserto cinzento,
Olhos perdidos, sem rumo,
Encharcados em lamentos.
 
Meu coração é terreno baldio,
Te preveni, em tuas intenções,
Não carrego comigo um castelo,
Como carregadas nas ilusões,
Apenas, navego leve, sem norte,
Nas águas negras da solidão.
 
 
 
 
 
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 26/05/2019
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