Devaneios
Tristonho fico a perambular nas ruas.
Meus olhos buscam a imagem tua,
Sou como os dias que não tem sol,
Sou como as noites que não tem lua.
Mãe amorosa que chorando segue.
Nas estradas da vida procurando o filho,
Com os olhos secos já não tem lágrimas ,
Como olhos dos mortos já pedem o brilho.
Como arvores que murcham aos poucos.
Suas folhas caem e fica ressequida,
As suas flores murcham e perdem a cor.
Não perdem o perfume mas perdem a vida .
Sou como os marcos que repartem a terra.
Sujeito a chuva e o sol como um esteio,
Como mensagem que espera a resposta,
Fui procurá-la mas ela não veio.
Pés calejados e machucados de pisar nas pedras
Mãos estendidas de esperar em vão
Meus olhos secam já não há mais lágrimas
Mesmo perdendo-a ainda estendi-lhe a mão.