"LA SE VAI UM BATEDOR DE ASAS"

Projeto Leve Livros, uma realidade literária no sertão da Bahia.

Passarinho batendo suas asas

Amola o bico e quer voar

Coivara torrando um sonho

Sem saber o que deve queimar

É feito broto de rosa

Que a vida nos trouxe por prosa

Pra um novo canto entoar.

È saga sina e destino

É coisa de se pensar

São curvas nas retas da estrada

São idas de um não voltar

Entorno que forma o a rodagem

É vento cruel na sopragem

Mas que não prende o andar.

Avoa em ninhos espinhosos

Constrói entre a terra e o céu

Em versos ditos rimados

Da boca de um menestrel

Abrindo um largo sorriso

Num verso de rico improviso

Nas rimas de um belo cordel.

Em trovas e loas traçadas

És um viajor a plainar

E na sola dos pés da andança

A esperança de um longo voar

Onde o céu e a terra se funde

E o nobre poeta confunde

O querer em um novo expressar.

É trova é loa e toada

É coisa de cantador

Sextilha formando setilha

Nas rimas que trazem o labor

É o curso da vida em combate

São simples palavras de um vate

Andante, errante viajor.

Descrevo em retas palavras

Nas curtas mensagens da lida

De vôos rasantes certeiros

Que trazem labores da vida

Na pena que escreve o poema

Nas idas e vindas de um tema

Da inspiração tão medida.

Em rodas eu passo o chapéu

Na rua ou no meio da feira

Pois esta é pura cartilha

Que tive assim por herdeira

Meu verso, é poema rimado

Repente tão elaborado

De uma tradição verdadeira.

A arte não pede esmola

Apenas segue a tradição

A tua moeda é um agrado

Da luta de um mestre em questão

Que mostra ao povo e ao mundo

O imenso saber tão fecundo

Parido da inspiração.

O povo ajuntado assiste

Sorrindo a gargalhar

As trovas e os versos rimados

Que um poeta os tem pra mostrar

Pois no verso não se vê trapaça

Mas se é pra cantar de graça

Me dê licença já vou arribar

Meu verso é um canto falado

Nutrindo tão bons corações

Dizeres criativos da terra

De seus trovadores em canções

Assim somos elo perdido

Pedaço de tempo partido

Causando boas emoções.

Tenha por perto um poeta

Rimando cantando a versar

Destilando sua poesia

A quem tem bom gosto a escutar

Pois ele é um ser sagrado

Por Deus tanto abençoado

Que dá gosto vê-lo rimar.

É santo profano e maldito

É réu e inocente criatura

É o verso talhado na rima

Que move sua boa postura

Poeta é um ser estandarte

Que alegra com sua bela arte

Ao expressar sua cultura.

Cura com sua graça e sorriso

Animando traz muita alegria

Envolve o publico brincando

Ganhando sua simpatia

É luz que pranteia de vida

É grande menestrel que na lida

Sem ele de nada servia.

Poeta é taco de rima

Pedaço de glosa, poeira e canção

De pé de parede cantado

Fazendo improvisação

Dê o mote que ele desenvolve

A palavra rimada envolve

Estufando seu peito em canção.

Já disse meu verso e agora

Pra outro canto vou voar

Sou ave de arribação

Meu verso está sempre a plainar

Agora pra sua ciência,

Doutores e nobre excelência

Um abraço e até meu breve voltar.

Carlos Silva - poeta, e Mestre de cultura popular.

E-mail cscantador@gmail.com

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