VITÓRIA GABRIELLY, UMA VÍTIMA FATAL DA BARBÁRIE HUMANA!!!
Tomado pela emoção fiz esse cordel em memória
da garota Vitória Gabrielly assassinada Covarde e misteriosamente em São Paulo.
Bastante emocionado
A Deus peço permissão
Pra narrar um episódio
De grande repercussão
Onde os gumes da maldade
Cortaram sem piedade
Os corações da nação.
Trata-se de uma menina
Formosa atraente e bela
E Vitória Gabrielly
Era esse o nome dela
Que um ser sem coração
Sem ter dó nem compaixão
Resolveu dá fim a ela.
Gabrielly tinha um sonho
De ser modelo e atriz
Era uma criança linda
Risonha alegre e feliz
Porém um ente mesquinho
Desviou-a do caminho
Mudando de diretriz.
O estado de São Paulo
Foi palco do triste drama
Numa pacata cidade
De nome Araçariguama
Aonde uma adolescente
Menina ainda inocente
É a peça central da trama.
No dia oito de junho
Numa tarde calma e fria
Vitória pelo caminho
Confiante prosseguia
Disposta e bem-humorada
Pra cair numa emboscada
Que ela sequer desconfia.
Foi Vitória Gabrielly
Vítima da barbaridade
No desabrochar da vida
Com doze anos de idade
Onde seres desumanos
Puseram fim nos seus planos
Na mais atroz crueldade.
Vitória saiu de casa
Feliz, alegre e contente,
No intuito de patinar
Como costumeiramente
Sempre com a coleguinha.
Nesse dia foi sozinha
Passear, infelizmente!
Entre o Ginásio e a casa
Vitória foi patinando
Sem saber que seus algozes
Estavam lhe espreitando
E assim ela firme e forte
Caminhava para a morte
Que estava lhe aguardando.
Durante aquele trajeto
Algo errado aconteceu
Dizem que de um carro preto
De repente alguém desceu
E arrebatou a pequena,
Depois dessa triste cena
Ela desapareceu.
A partir desse momento
Formou-se uma busca intensa
A família e a polícia
Ali marcavam presença
Além da população
Depois da divulgação
Do caso, pela imprensa.
Ainda na sexta feira
Já teve início a procura
Para encontrar a criança,
E mesmo na noite escura
Pelas ruas da cidade
A polícia na verdade
Fazia uma varredura.
O sábado amanheceu
Sem notícias da menina
Que a mais de quinze horas
Amargava a triste sina
Passando por amarguras
Sofrimentos e torturas
Vindas da mão assassina.
As buscas se aprofundaram
No dia nove também
Ali pelos arredores
Era grande o vai e vem
A procura de Vitória
Mas, nada novo na história,
O mistério se mantém.
No domingo dia dez
A busca foi incansável
Porém nenhum fato novo
Nesse caso lamentável
Enquanto a linda pequena
Sem culpa cumpria a pena
Que lhe impôs um miserável.
No início da semana
Surgiram alguns suspeitos
Que foram investigados
E descartados dos feitos
E o caso, pra ser sincero,
Voltou a estaca zero
Sem produzir bons efeitos.
Sem notícias da garota
A família não suporta
A dor que lhe afeta o peito
Só Deus abranda e conforta
E o que lhes vem a cabeça
É que a menina apareça
Esteja ela viva ou morta.
Procuraram pelas matas
Usando cães adestrados
Estradas, veredas, trilhas,
Foram todos vasculhados
Assim como a região.
O esforço foi em vão
Não houve bons resultados.
Os dias foram passando
E o mistério persistindo
O desengano crescendo
E a esperança sumindo
A mãe reza confiante
Que a filha a qualquer instante
Chega, e lhe abraça sorrindo.
Mas não houve infelizmente
A notícia alvissareira
Foi veemente a procura
De segunda a sexta feira
A polícia estrategista
Sequer achou uma pista
Pela região inteira.
Só no dia dezesseis
Um catador de latinha
Que passava no local
Com a sua cadelinha
De algo estranho suspeitou
Foi quando se deparou
Com o corpo da garotinha.
Foi Gabrielly encontrada
No meio do matagal
Atirada ao relento
Como fosse um animal
E a procura por Vitória
Mesmo de maneira inglória
Chegava ao ponto final.
O velório aconteceu
Em meio a choro e lamento
Uma multidão enorme
Acompanhou esse evento
E o cortejo funéreo
Rumou para o cemitério
Que deu-se o sepultamento.
O que sofreu Gabrielly
Ninguém saberá jamais
Pois somente seus carrascos
Foi quem ouviram seus ais
Sem que levassem a sério
Pra dá algum refrigério
Aos seus instantes finais.
Hoje o corpo de Vitória
Descansa no mausoléu
A alma inocente e pura
Foi envolvida num véu
E levada pelos arcanjos
Para habitar entre os anjos
Ao lado de Deus no céu.
Carlos Aires
19/06/2018