MEU ORGULHO

Eu já nasci poeta

Nesta terra nordestina

Tenho a vida em festa

Fazer verso é minha sina

Amo o verde da floresta

O alvorecer na campina

O cantar da passarada

Ao romper de cada aurora

Minha alma é renovada

Faço verso a cada hora

Minha alma enamorada

Canta, ri, soluça e chora

Cada dia que passa

Vejo um novo amanhecer

Cada prece que eu faço

Para a Deus oferecer

No jardim de cada praça

Fiz um poema nascer

Vi meu poema aplaudido

Por velhos, jovens e crianças.

Me tornei mais conhecido

Fiz contigo uma aliança

Novo amor novo sentido

Renovou minha esperança

Quis minha vida mudar

Tudo se desmoronou

E eu vi no teu olhar

Que, o que mal começou

Já estava a fracassar

Tu a aliança quebrou

Fiquei triste é verdade

Busquei a luz da razão

Vi que a falsidade

Morava em teu coração

Na minha simplicidade

Eu fugi de tua ação

Me negaste o teu amor

Por orgulho e vaidade

Me olhaste com rancor

Por minha simplicidade

Me julgaste sem valor

Para a tua pouca idade

Sou poeta e plebeu

Tenho rimas elegantes

A Santa musa me deu

Inspirações radiantes

Não troco uma estrofe minha

Por um colar de rainha

Nem por troféus de brilhantes

Ser poeta me faz bem

Escrever é meu prazer

Meus versos vêm do além

Minha lira enriquecer

A poesia é cultura

Que cresce como a natura

Faz a vida florescer

Proso, verso, rimo e canto.

Isso sem fazer barulho

Assim consolo o meu pranto

Nos pombais ouço arrulho

Tenho a minha alma em festa

Eu nasci pra ser poeta

Ser poeta é meu orgulho

Zé Bezerra o Águia de Prata
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 01/09/2007
Código do texto: T634247
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