As Doenças da Vida

Sofri de crupe aos três anos,

Que chamam difteria,

Espirros por alergia,

Que me causou tantos danos,

Pra ferir os puritanos,

Por detrás da bananeira,

Tive também caganeira,

Nos olhos conjuntivite,

DST, também bursite,

Quase adentro pelo cano.

Surgida entre os romanos,

A terrível catapora,

Comigo não marcou hora,

Pra maiores desenganos,

Bagunçando os meus planos,

Tive sarna com sarampo,

Curei com erva do campo,

No joelho tenho artroses,

De quando em vez, viroses,

Pra ferir meu senso humano.

Não dá pra ficar ufano,

Com doenças tantas perto,

Tenho que ficar esperto,

Eclético igual Trajano,

Atento ao cotidiano,

Recorrência de malária,

Com a máxima corolária,

Herpes, quebranto caxumba,

Alguém me botou macumba,

Ou foi praga de cigano.

Aracaju-Sergipe, 05/ 03/ 2018

PS.: Não perca na sequência, neste mesmo horário e batcanal, mais um

conto da série Coisas Que Só Acontecem Comigo, onde conto uma

viagem à Santa Rita-PB.

Um Piauí Armengador de Versos
Enviado por Um Piauí Armengador de Versos em 10/03/2018
Reeditado em 19/12/2018
Código do texto: T6276002
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