O BRASIL QUE O POVO VIU "Numa vergonha nacional"
O Brasil caminhava
Com toda sua calmaria
De repente aconteceu
O que quase ninguém sabia
Começava uma nova moeda
A PROPINA então surgia
Com o impeachment de Dilma
A casa toda ruiu
Explodia a Lava jato
Surgia um novo Brasil
Empreiteiras eram obrigadas
A sustentar esse covil
Procurador do Senado
Políticos de toda sorte
JBS pelo meio
Maracutáia de sul a norte
STF e STJ
Travaram riscos de morte
Cai um avião daqui
Caiu outro acolá
Helicóptero recheado
Cocaína feito chá
De quem é já não se sabe
Deixe esse troço pra lá
La se vai um pau mandado
Com 500 mil em mala guardada
Corre e entra num taxi
A policia foi despistada
A votação no congresso
Estava sendo comprada
Venderam-se por conchavos
E promessas de barganha
Isentou o maioral
E é o povo que apanha
Deram um golpe de Estado
Com safadeza tamanha
Habeas corpus expedidos
Prende e solta Marginal
Governador de Estado
Caiu do pau afinal
Mas a mulher amamentando
Sua prisão é ilegal
A farra dos guardanapos
Os relógios de presente
As joias que o tal povo
De forma tão inocente
Via desfilar colares
Zombando da nossa gente
Curitiba virou Grand Hotel
Pra prender tanto bandido
Um Juiz autoritário
Tem o poder garantido
De até prender um ex-presidente
Que também tava envolvido.
O triplex e um sitio,
Isso é coisa tão banal
Fizeram desses dois caos
Um tremendo carnaval
E O PAI DOS POBRES AGORA
Pode de fato se dar mal
Mas isso é coisa ínfima
Diante de tantos ladrões
As malas apareceram
Recheadas de milhões
La vem Polícia federal
Enchendo mais as prisões
O Play ground da quadrilha
A cada dia vai crescendo
Dolares em outros países
Já estão aparecendo
Esses políticos bandidos
Veem sua moral apodrecendo
Quem dizia ser honesto
E clamava por justiça
Foi preso e humilhado
Pois não rezou bem a missa
Cadeia é pra bandido
Que vive cheio de cobiça
Como ficam filhos e netos
Desses pilantras em questões
Esposas, irmãos, bisnetos
Padrinhos, compadres anfitriões.
Que tem mansão e iates
E até quem sabe aviões
A herança deles deixadas
Será a mancha de ladrão
Bandido, e propineiro.
Descarado e charlatão
A família excomungada
Por todos desta nação
Mas a Justiça Brasileira
Todos sabem a tendência
Libertará todo mundo
Provarão a inocência
E tudo que eles levaram
Voltará a sua residência
Quem dera se no Brasil
A gente tivesse suporte
De ter aqui instituída
A velha pena de morte
Eu garanto que esses bandidos
Não abusariam da sorte
O Brasil tá governado
Por bandido e ladrão
Traficantes e desonestos
De toda qualificação
E pedirão voto de novo
Chegou o tempo de eleição
Em Lalau ninguém mais fala
Já virou papel passado
A do INSS virou anjo
Diante desse amostrado
Os inimigos da nação
Só mudam de nome e estado
Se o triplex não tem dono
Eu aceito de bom grado
O Sitio de Atibaia
Serviria-me um bocado
Passe essas coisas pra mim
Pra eu viver sossegado
Pois segundo a política
Não irei me aposentar
Mas talvez depois de morto
O beneficio venha ganhar
Mas ai a vida encerra
De nada irei gozar
Uns se aposentaram cedo
Com boa soma em dinheiro
E o povo que contribuiu
E se lascaram o tempo inteiro
Ganham fumo pau e fogo
No seu lidar derradeiro
A TV força o povo
Aquele que é alienado
A escolher o candidato
Manipulando resultado
O bocó acredita nela
Depois se ver arrombado
O pobre perto do rico
Achou que tinha acertado
Se misturou com os cãos
Depois viu o resultado
Foi pro meio da avenida
Bater panela adoidado
Os cabras cheios de manobra
Mexeram na previdência
Nos direitos trabalhistas
Cortaram por excelência
O bolsa de tudo que havia
Começava a decadência
As ajudas que os alunos
Tinham para estudar
O que houve com o FIES
Ninguém mais quer comentar?
Aceitam tudo calado
Sem força para lutar
E se tudo correr bem
A tendência é piorar
Quando enfim voltar a fome
E não ter com que comprar
Ai é que o Brasil vai ver
O SOM DA PANELA RONCAR
Daqui mais uns 20 anos
Esses inimigos modernos
Já terão feito a viagem
La pros quintos dos infernos
Onde seus corpos queimarão
Em poços de enxofres eternos
Se você tiver bom juízo
Ou uma atitude rara
Tome na vida meu amigo
Vergonha na sua cara
Não vote em quem te deu
Uma grande surra de vara
O congresso está podre
O planalto contaminado
Senador, Juiz Doutor
Assessor ou Deputado
E nem mesmo o presidente
Está de fato ao teu lado
De esquerda ou de direita
Sendo pobre tá esquisito
O Exercito ta na rua
Só pra aumentar o conflito
Querem enganar o povo
Nessa ação não acredito
Faltou foi educação
Cultura e honradez
Não trataram das crianças
Que hoje viram bola da vez
Cresce na vida do crime
E depois vão pro xadrez
A educação evitaria
A desgraça que ai estar
Os roubos das merendas
Afastou do estudar
E quem roubava eram políticos
Com notas frias pra esquentar
Nosso povo hoje paga
O preço de uma mazela
Sendo jogado em buracos
No meio duma favela
E querem pintar a cidade
Com falsa cor de aquarela
E o próximo que virá
Governar esta nação
Já perdi faz muito tempo
Aquela doce ilusão
De votar querendo ter
Um país sem corrupção
Aquela falsa esperança
O PODER EMANA DO POVO
Só se nascesse uma nação
Com um belo de um renovo
Resurgindo de verdade
Bons brasileiros de novo
Abram alas saiam da frente
A corrupção vai passar
Com os tribunais absolvendo
Quem deveria condenar
E prendendo por um capricho
Quem pode até lhes derrubar
Esse filme vimos na África
Um mito então surgiu
E liderou o seu povo
Assim todo mundo viu
Pode até ser que aconteça
Também no nosso BRASIL
Por aqui eu me despeço
Vendo o que vai acontecer
Quem está sendo julgado
Eu quero pagar pra ver
Pois por vingança prenderão
E o povo é quem vai sofrer
Vamos seguir adiante
Sem pressa, mas não devagar,
Porque as garras da fera
Estão prontas pra agarrar
De uma coisa tenho certeza
Parado, não dá pra ficar.
Eu desejo boa sorte
E que você seja feliz
Estudando trabalhando
Sendo um bom aprendiz
Lutando e conquistando
Aquilo que sempre quis
Nunca abaixe a guarda
Esteja pronto pra lutar
No voto e na sua escolha
O importante é mudar
Não permita que uma canga
Em ti queiram colocar
Um abraço e boa sorte
De um poeta e cantador
Que em versos vai informando
Com a fibra de um lutador
Versos não ganham guerra
Mas faz zuada seu Doutor
Lutar é ter olho aberto
E nunca se alienar
Você tem direito a voz
E a forma de se expressar
Lute pelos seus direitos
Sempre querendo mudar
Carlos Silva.
É Paulistano, criado na Bahia, entre as cidades de Nova Soure e Itamira, município da cidade de Aporá.
Musico cantor e compositor, poeta e declamador de seus causos em cordéis e expoente da cultura popular.
É membro titular do Conselho estadual de cultura da Bahia e mestre de Cultura popular, pelo edital Leandro Gomes de Barros edição 2017.
Reside na cidade de Caldas de Cipó – Bahia
Tel. (75) 99269 – 0497
E-mail cscantador@gmail.com
http://cantosemcordeis.blogspot.com