OS ESPINHOS DA VIDA
Entre os espinhos da vida
E na pobreza eu vivi
Na poeira das estradas
No desconforto cresci
Entre fracos e fortes
Tanto dei como pedi
O mundo foi o meu mestre
Me bateu sem piedade
Apanhei mas aprendi
Sem usar deslealdade
Minha arma o amor
Buscando a felicidade
Criei-me num lar humilde
Às vezes faltava o pão
Devido às dificuldades
Era grande a precisão
E muitas vezes dormi
Sem ter uma refeição
Às vezes pela manhã
Eu tomei café sem bolo
Trabalhei de Sol a Sol
E me chamavam de tolo
Eu sofri sem maldizer
E chorar era o consolo
Nas margens estreitas da vida
Por caminhos tortuosos
Andei em trilhas incertas
Com agentes perigosos
Mesmo andando certo
Sobre olhares duvidosos
Bati em portas fechadas
E a mim não foram abertas
Trilhei diversos caminhos
E por estradas desertas
Só encontrei mãos fechadas
Muitas passadas incertas
Grande fardo de fadigas
Desconforto e sofrimento
Pra uns o mundo sorria
Pra outros um desalento
Muitas vezes angustiado
Eu dormi só, ao relento
Hoje eu estou só
Como o só nasci também
Mas sigo firme a Jesus
O que nasceu em Belém
Única riqueza dos pobres
Pois nasceu pobre também
Mesmo entre espinhos
Vi outros também nascer
Criar-se em meio às rosas
Com açucenas crescer
Entres os espinhos da vida
Vi a vida florescer
Luta sem sofrimento
Não tem valor a vitória
É como vida sem fé
É uma graça inglória
Quem com fé luta e vence
Torna bela a sua história