OS ESPINHOS DA VIDA

Entre os espinhos da vida

E na pobreza eu vivi

Na poeira das estradas

No desconforto cresci

Entre fracos e fortes

Tanto dei como pedi

O mundo foi o meu mestre

Me bateu sem piedade

Apanhei mas aprendi

Sem usar deslealdade

Minha arma o amor

Buscando a felicidade

Criei-me num lar humilde

Às vezes faltava o pão

Devido às dificuldades

Era grande a precisão

E muitas vezes dormi

Sem ter uma refeição

Às vezes pela manhã

Eu tomei café sem bolo

Trabalhei de Sol a Sol

E me chamavam de tolo

Eu sofri sem maldizer

E chorar era o consolo

Nas margens estreitas da vida

Por caminhos tortuosos

Andei em trilhas incertas

Com agentes perigosos

Mesmo andando certo

Sobre olhares duvidosos

Bati em portas fechadas

E a mim não foram abertas

Trilhei diversos caminhos

E por estradas desertas

Só encontrei mãos fechadas

Muitas passadas incertas

Grande fardo de fadigas

Desconforto e sofrimento

Pra uns o mundo sorria

Pra outros um desalento

Muitas vezes angustiado

Eu dormi só, ao relento

Hoje eu estou só

Como o só nasci também

Mas sigo firme a Jesus

O que nasceu em Belém

Única riqueza dos pobres

Pois nasceu pobre também

Mesmo entre espinhos

Vi outros também nascer

Criar-se em meio às rosas

Com açucenas crescer

Entres os espinhos da vida

Vi a vida florescer

Luta sem sofrimento

Não tem valor a vitória

É como vida sem fé

É uma graça inglória

Quem com fé luta e vence

Torna bela a sua história

Zé Bezerra o Águia de Prata
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 18/08/2007
Reeditado em 25/08/2007
Código do texto: T613396
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.