Detonando o Big Brother Brasil - Parte II

Outro cordel para Pedro Bial - BBB II

Autor: Antônio Barreto, natural de Santa Bárbara, residente em Salvador

I

Há bem pouco tempo fiz

O cordel do BBB,

Mas parece que o Bial

Não saiu do ABC,

Agora fiz o segundo

E não quero fuzuê!

II

Consultei um advogado

Pra saber as consequências.

Ele me disse: “Barreto,

Teu cordel tem procedências,

Manda ver nesse Bial

Que é cheio de indecências!

III

Eu mudei a estratégia

No modo de elaborar...

Nas ruas de Salvador,

Fui o povo entrevistar.

Então veja a opinião

Dessa força popular.

IV

Escutei a lavadeira,

O aluno, o professor

O juiz, o taxista,

A professora, o doutor

E por pouco não falei

Com o nosso governador!

V

Esses versos de clamor

Sei que não esquecerei

Pois o povo tem razão

Disso nunca me enganei.

Então veja a voz do povo

Conforme descreverei:

VI

— A TV Globo já fez

Escola de putaria

Com o tal do BBB

Que é pura baixaria:

Tem assédio, bebedeira

Tem racismo, tem orgia...

VII

— Para adquirir ibope,

O macabro do Bial,

Esse cabra bexiguento,

Antiético e imoral,

Inovou seu repertório

Com apelo sexual.

VIII

— O grande apresentador

Parece não ter virtude.

O espelho não lhe mostra

Sua pobreza de atitude,

Dando tanto mau exemplo

Para a nobre juventude.

IX

— Ele disse: “O amor é lindo”,

Na hora da “esfregação”,

Como se Morango e Ana

Fossem Eva e Adão:

Bem livres no “paraíso”

Daquela televisão!

X

— O Pedro Bial não sabe

Que as novas gerações

Carecem de mente fértil

A trazer boas lições,

Mas ele prefere ser

Mercador das ilusões.

XI

— A cada programa seu,

É um mar de insensatez,

Ele elogia as coisas

Que nem ele mesmo fez.

Acho que um psiquiatra

Pode lhe dar altivez.

XII

— Seja amigo do Brasil,

Chega de devassidão;

Seja amigo das crianças,

Reflita na educação

Dos verdadeiros HERÓIS

Que habitam a Nação.

XIII

— Certamente a vaidade

Fez Bial enlouquecer.

Do jeito que as coisas vão,

Ele logo vai dizer

Que sua missão na Terra

É o dinheiro e o poder.

XIV

— O seu programa parece

Um puteiro, uma zorra,

Um zoológico de humanos,

Tal Sodoma e Gomorra

E o brasileiro sensato

Não acha quem lhe socorra.

XV

— Isso aí tá muito bom,

Na Globo tá bom demais!

Vocês no Globo Rural

Querendo nos dar cartaz,

Mas o cordelista atento:

Nessa nunca vai atrás!

XVI

— Gostei do timbre de voz

E também da dicção

Impostada por Bial

Dando boa impressão...

Verde que te quero rosa,

Meu querido charlatão!

XVII

— Querido Pedro Bial,

Eu também sou jornalista,

Porém não me venderia

Ao mundo capitalista:

Esqueça tanto dinheiro,

Procure ser altruísta.

XVIII

— Não precisa explorar

O homossexualismo,

Além de ficar patente

Esse ranço de racismo,

Sem falar nas perversões

E do sensacionalismo.

XIX

— A família então precisa

De moral bem elevada.

Bons costumes às crianças,

Creio, não lhe custa nada.

Será que você tem filho,

Meu querido camarada?

XX

— Justo no horário nobre

Nosso lar é invadido,

E você com seu sorriso,

De apresentador sabido,

Vai deixando esse Brasil

Cada vez mais iludido.

XXI

— Procure ser mais sensato,

Há tempo para mudança,

Chega de botar dinheiro

Nessa maldita poupança,

Pois no juízo final

Sei que Lúcifer te alcança!

XXII

— Sei que a justiça divina

Vai baixar na tua aldeia,

Satanás te dá um abraço

E te chega logo a peia,

Pois somente dessa forma

Tua mente então clareia !

XXIII

A quem vamos apelar,

Aos filhotes do Marinho?

Ao capitão desta “Nave”,

Esse tal de “Seu” Boninho?

Vou parando por aqui

Para não morrer sozinho!

Veja outros cordéis de Antonio Barreto:

barretocordel.wordpress.com/

Antonio Barreto
Enviado por Paulo Seixas em 03/04/2017
Reeditado em 03/12/2017
Código do texto: T5959996
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