O Ruas morre na rua.
Eu queria esta feliz
Mas, não consigo sorrir
Tanta coisa acontecendo
Que nem dá tempo agir
Ser diferente parece
Pedido pra lhe agredir
O mundo todo em guerra
Mas a morte e o doer
É tudo tão seletivo
Que quase não dá pra ver
As crianças de Alepo
E todo seu padecer.
O Ruas morre na rua
Defendendo a travesti
A intolerância bate
E a plateia a assisti
A cena de homofobia
Que teima em existi
A mulher não tá na cena
Mas o machismo a traz
O delegado argumenta
Um chifre tirou a paz
A culpa é da esposa
E inocenta o “rapaz”.
Quando a justiça não vive
Fica difícil sorrir
A gente tenta, peleja
Mas não consegui seguir
Pois logo vêm outro crime
E a dor volta a surgir.