O Caranguejo
Eita bichinho esquisito!
Olhos são duas tarraxas,
Movem-se fora das caixas,
Nada atua como o escrito
A carne é dentro do osso,
Não tem rabo nem pescoço,
Sangue algum não tem quem veja,
Nem costela ou calcanhar,
De banda é seu caminhar,
Mas gostoso com cerveja.
Caranguejo à milanesa,
Churrascada de Uçá,
Molho pardo o Guaruçá,
Siri martelado à mesa,
Guaiamum vem com certeza,
Vinagrete, sal, pirão,
Aratu vem com limão,
Patola na carapaça,
Uma boa pimenta acesa,
Com cerveja, rum, cachaça.
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Participação honrosa do Poeta Stelo Queiroga.
31/ 08/ 2016
Vive atolado na lama
Gosto demais do bichinho,
Chupo o danado todinho,
No litoral fez a fama,
Todo biriteiro o ama,
Iguaria benfazeja,
Meu bolo e minha cereja,
Trabalho pra o degustar,
De banda é seu caminhar,
Mas gostoso com cerveja.
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Participação especial do Poeta Jota Garcia, pelo que agradeço.
31/08/ 2016
Devia ser sócio da Brahma,
Pois com ela se encaixa,
Nome escrito numa faixa,
Em todos bares da cidade,
A seu lado uma louraça,
Segurando uma garrafa,
Que a galera tem certeza,
Que é boa de se tomar,
De banda é seu caminhar,
Mas gostoso com cerveja.
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Gentil participação do Poeta Carlos Jaime
Quando vejo o bicho eu grito
Pulo mais que um cabrito,
Pra mode me defender,
Pois começo a correr,
Desse bicho muito feio,
Correndo não tenho freio,
Posso escorregar na lama,
Embora eu fique de cama,
De banda é seu caminhar,
Quero é ver me pegar.