Sexta-feira, 1/7/2016
Acordes de amor
Antonio Feitosa dos Santos
Seu corpo sente saudade,
Do calor do corpo meu,
Olhos não veem os olhos,
Já que a visão se perdeu,
Os lábios bem ressequidos,
Seu osculo se fez sumido,
Minha voz emudeceu.
O sol que brilhava tanto,
Veio à nuvem o encobriu,
Meu sabiá laranjeira,
Desfez o ninho e sumiu,
Meu canário cantador,
Perdeu as penas, o vigor,
E de cantar desistiu.
Minha vidraça quebrou,
Meu jardim eu não limpei,
Minha roseira murchou,
Dálias não mais encontrei,
Açucena não brotou,
O cravo despedaçou,
Verguei o rosto e chorei.
O amor se foi embora,
Arribou do meu sertão,
À tardinha me aconchego,
E canto esta canção,
Dedilhando a viola,
É ela quem me consola,
Acalentando o coração.
Nunca quis lhe ver voar,
Mas sua aza cresceu,
O gavião veio da mata,
Em sua garra a prendeu,
Voando pra muito adiante,
Lá pros lados da vazante,
Pomba rola se perdeu.
Do seu corpo a quentura,
Sobre o meu corpo ficou,
Por vezes em teu gorjeio,
Desse gostar me falou,
Hoje, o coração entristece,
A minha voz emudece,
O som da viola se acabou.
Postado por Antonio Feitosa dos Santos
Em 1/7/2016 à 00h04
Mais Blog Feitosa dos Santos - Prosas & Poemas
(clique aqui) "Acordes de amor" - 1/7/2016 "Gritos, em riachos de ontem" - 14/6/201... "O objeto do amor - Aos namorados" - 11/... "O velho carro de boi - Lembranças" - 4/... "Não precisei de asas para voar - Cordel"... "O meu Brasil sem igual - Cordel" - 31/5... "Para não dizer que não falei do amor" -... "Autocrítica de olho no olho" - 12/5/201... "Quando a razão diverge" - 12/5/2016 "O trem da saudade" - 1/5/2016 (mais ainda)
Acordes de amor
Antonio Feitosa dos Santos
Seu corpo sente saudade,
Do calor do corpo meu,
Olhos não veem os olhos,
Já que a visão se perdeu,
Os lábios bem ressequidos,
Seu osculo se fez sumido,
Minha voz emudeceu.
O sol que brilhava tanto,
Veio à nuvem o encobriu,
Meu sabiá laranjeira,
Desfez o ninho e sumiu,
Meu canário cantador,
Perdeu as penas, o vigor,
E de cantar desistiu.
Minha vidraça quebrou,
Meu jardim eu não limpei,
Minha roseira murchou,
Dálias não mais encontrei,
Açucena não brotou,
O cravo despedaçou,
Verguei o rosto e chorei.
O amor se foi embora,
Arribou do meu sertão,
À tardinha me aconchego,
E canto esta canção,
Dedilhando a viola,
É ela quem me consola,
Acalentando o coração.
Nunca quis lhe ver voar,
Mas sua aza cresceu,
O gavião veio da mata,
Em sua garra a prendeu,
Voando pra muito adiante,
Lá pros lados da vazante,
Pomba rola se perdeu.
Do seu corpo a quentura,
Sobre o meu corpo ficou,
Por vezes em teu gorjeio,
Desse gostar me falou,
Hoje, o coração entristece,
A minha voz emudece,
O som da viola se acabou.
Postado por Antonio Feitosa dos Santos
Em 1/7/2016 à 00h04
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