VERSANDO A SAUDADE!!!
Trabalho poético em parceria com o poeta
Adilson Costa
(Carlos Aires e Adilson Costa)
O amigo Adilson Costa,
Vou convocar na verdade
Pra falar de um sentimento
Propicio da humanidade
E aqui lhe estendo um convite
Pra versarmos a saudade.
Carlos Aires
Carlos Aires, entidade,
Aceito a convocação
Não é fácil reconheço,
Alimentar o refrão
Mas de cara, digo logo,
É tudo de coração.
Adilson Costa
A saudade faz questão
De invadir nosso peito
Entra sorrateiramente
Acha-se em pleno direito
De maltratar, machucar,
Sem que se possa dá jeito.
Carlos Aires
Suspira e chora o sujeito,
Como fere, quem diria,
Saudade se veste em sonhos,
Ou em mera fantasia,
Sorrindo embala o sono,
Ferindo desperta o dia
Adilson Costa
Saudade não avalia
Os danos que ela motiva
Deixa o peito amargurado
E ainda nos incentiva
A navegar sem ter rumo
Igual um barco a deriva.
Carlos Aires
A lua contemplativa
O porto dos descaminhos
A saudade chega e vem
Nas asas dos passarinhos
Presente em dias de hoje,
Nos textos dos pergaminhos
Adilson Costa
Saudade traz desalinhos
Em toda nossa estrutura
Causa langor, e o semblante,
De qualquer um desfigura
Confunde qualquer pessoa
Por mais que seja segura.
Carlos Aires
Existe pra desventura
Causando dor e tristeza
Saudade é cinza, e é branca
Suave na natureza
Eu sei que sufoca e fere,
Mas também traduz beleza
Adilson Costa
Saudade é com certeza
Bem interpretada assim
Se, traz um momento bom,
É muito bem-vinda sim
Mas não é muito benquista
Quando o momento é ruim.
Carlos Aires
Tristeza de um arlequim
É causa de dor e pranto
Saudade é faca cortante
Que provoca desencanto
A quem um dia se viu
Vestindo tristonho manto
Adilson Costa
A saudade, no entanto,
Aqui não causou problema
Mas trouxe motivo farto
Pra desenvolver o tema
Gerando encanto e beleza
Na construção do poema.
Carlos Aires
Chegou como um emblema,
De braços com a nostalgia,
Trouxe paz, serenidade,
Saudade agora é alegria,
Venha sempre que quiser,
Pra embelezar nosso dia.
Adilson Costa
Carlos Aires e Adilson Costa
11/05/2016