Sermão da Montanha - Mateus 7 - Cordel de Thiago Alves

Versículos de 1 à 29

Não julgueis, para que não

Tu venhas a ser julgado

Porque com o mesmo juízo

Que julgar serás julgado

E com a mesma medida

Que pesas serás pesado.

Por que é que tu reparas

No argueiro que está

No olho do teu irmão

E não te põe a reparar

A trave posta em teu olho

Tu não podes enxergar?

Ou como ao teu irmão

Dirás: Deixa-me tirar

O argueiro do teu olho

Que estou a reparar

E no teu estando a trave

Tu não queres enxergar?

Hipócrita, tira primeiro

A trave de onde estar

Posta mesmo no teu olho

Pra depois então cuidar

Do olho do teu irmão

Para um argueiro tirar!

Não deis aos cães o que é santo

Nem aos porcos deveis dar

Nenhuma das vossas pérolas

Pra eles não as pisar

Se voltarem contra a vós

Vindo vos despedaçar.

Buscai e encontrareis

Pedi, e dar-se-vos-á

Pois o que pede recebe

Batei, e se abrirá

Pois ao que bate se abre

E o que busca encontrará.

E qual dentre vós é o homem

Que o filho lhe pedir pão

Esse lhe dará uma pedra?

E lhe pedindo peixe então

Lhe dará uma serpente

Tendo esta pretensão?

Se vós pois que sendo maus

Sabeis coisas boas dar

Aos vossos filhos que pedem

Quanto mais à vós dará

Vosso Pai que está nos céus

Quem lhe pedir bens dará.

Portanto vos digo que

Tudo o quanto vós quereis

Que os homens assim vos façam

Também a eles fazei

Pois assim são os profetas

Como também é a lei.

Entrai pela porta estreita

Que a porta larga é então

Como espaçoso o caminho

Que conduz à perdição

E muitos passam por ele

Como por ela entrarão.

Porque estreita é a porta

E apertado o caminho

Que leva à vida eterna

E são poucos nesse alinho

Que passam por essa porta

E trilham nesse caminho.

Acautelai-vos dos falsos

Profetas profanadores

Que vêm até vós vestidos

Como ovelhas de valores

Mas estes interiormente,

São lobos devoradores.

Por isso ficai atentos

Por seus frutos os conheceis

Acaso colhem-se uvas

Nos espinheiros que vês?

Ou também colherás figos

Entre abrolhos assim podeis?

Árvore boa dá bons frutos

Maus frutos é da árvore má

Não pode a árvore boa

Assim os maus frutos dar

Como não pode bons frutos

Produzir a árvore má.

Toda a árvore que não dá

Bom fruto será cortada

E depois lançada ao fogo

Onde ali será queimada

Portanto, pelos seus frutos

Conheceis as árvores dadas.

Nem todo o que diz Senhor

Senhor! Poderá entrar

Esse no reino dos céus

Mas o que faz e fará

A vontade do meu Pai

Nos céus esse entrará.

Me dirão naquele dia

Muitos sim: Senhor, Senhor,

Não profetizamos nós

Em teu nome de amor?

E expulsamos demônios

No teu nome de valor?

Então assim lhes direi

Abertamente ao falar

Nunca eu vos conheci

Apartai-vos de mim já

Porque sois quem praticais

A iniquidade sem par.

Todo aquele que escuta

As minhas palavras em tocha

E as coloca em prática

Lhe comparo a uma cocha

Homem prudente que fez

Sua casa sobre a rocha.

Desceu a chuva, e correram

Rios e os ventos sopraram

Combateram aquela casa

Mas esta, não derrubaram

Não caiu, porque a casa

Sobre a rocha edificaram.

E todo aquele que ouve

As minhas palavras dadas

E não as cumpre o comparo

Ao insensato sem guarda

Que edificou sua casa

Sobre a areia lavada.

Desceu a chuva correram

Os rios e sopraram ventos

Combateram aquela casa

E caiu nesse evento

Foi grande a sua ruína

Na queda desse momento.

Então Jesus concluindo

O discurso, a multidão

Se admirou da doutrina

Na qual lhes dava a lição

Como sendo autoridade;

Que os escribas não dão.

A Arte de Thiago Alves
Enviado por A Arte de Thiago Alves em 26/12/2015
Código do texto: T5491813
Classificação de conteúdo: seguro