EVANGELHO SEGUNDO JOÃO - Capítulo 15 - CORDEL de THIAGO ALVES

VERSÍCULOS DE 1 À 27

Sou videira verdadeira

Meu Pai é o lavrador.

A vara que não dá fruto

Ele corta em seu dispor

Mas aquela que dá fruto

Ele conserva no amor.

Digo que vós estais limpos,

Por minha palavra dada

Estais em mim, e eu em vós;

Como uma vara enxertada

Sem mim que sou a videira

Não darás fruto nem nada.

Eu mesmo sou a videira,

Vós as varas em obter

Quem está em mim, e eu nele,

Dá muito fruto a saber;

Porque sem mim, eu vos digo

Nada podereis fazer.

Se alguém não estar em mim,

Pra fora será lançado

Como a vara, e secará;

Logo será coletado

Certamente esse arderá

No fogo será queimado

Se estiverdes em mim

Será assim desse jeito

E minhas palavras em vós

Serás de muito proveito,

Pedireis o que quiserdes,

E assim vos será feito.

O meu Pai que está nos céus

Nisto é glorificado

Que deis muitos frutos bons;

Como foi designado

Assim sereis meus discípulos

Conforme os feitos mostrados.

Como assim o Pai me amou,

Também a vós eu amei

Se guardai meus mandamentos

Em mim permanecereis

Estareis no meu amor

E eu em vós estarei.

Do mesmo modo que eu tenho

Os mandamentos, guardado

Tendo cuidado com zelo

O que meu Pai tem me dado

Permaneço em seu amor

Como Ele me tem amado.

Tenho dito estas coisas

Com amor e muito afeto

Para que meu gozo seja

Em vós de modo repleto

Que sempre em vós permaneça

E assim seja completo.

Este é meu mandamento

Que eu vos dou por maior

Que assim como eu vos amei

Viveis no mesmo valor

Amando vós uns aos outros

Esse será grande amor.

Ninguém tem maior amor

Do que quem sua vida dar

Pelos seus próprios amigos

Vindo assim a se entregar

Esse amor é verdadeiro

Não há outro a superar.

Vós sereis os meus amigos,

Se fizeres o que eu mando

Já não os chamarei de servos,

Pois servo não sabe quando

Nem onde vai seu Senhor

Mas à vós venho mostrando.

O servo também não sabe

O que faz o seu senhor;

Mas eu vos tenho chamado

De amigos em meu amor

Pois o que ouvi de meu Pai

Tenho mostrado o valor.

Não escolhestes a mim,

Mas eu que escolhi a vós

E assim vos nomeei,

Para que vades após

E que vós deis frutos bons,

E permaneça entre vós.

Estas coisas eu vos digo

Para que no vosso agir

A fim de que tudo quanto

Venha em meu nome pedir

Ao meu Pai Ele vos dê

Pois Ele é grande em servir.

Por isto agora vos mando:

Que uns aos outros ameis

Se o mundo aqui vos odeia,

Digo e agora vós sabei

Que, primeiro do que a vós,

Odiou-me o mundo eu sei.

Se vós fôsseis deste mundo,

O mundo vos amaria

Mas porque não sois do mundo

O mundo vos repudia

Eu vos escolhi do mundo,

Por isso vos renuncia.

Vos disse que o servo não

È maior que o seu senhor

E se a mim me perseguiram,

Também à vós com furor

Se guardam a minha palavra,

Guardarão o vosso expor.

Mas isto farão por causa

Do meu nome de poder,

Por assim não conhecerem

Quem me enviou a fazer

Se eu não viesse e falasse

Não viriam a conhecer.

Eles nos conheceriam

Se eu não houvera falado

Sem ter o conhecimento

Não teriam assim pecado,

Mas agora eles não têm

Desculpa do seu pecado.

Aquele que me odeia,

Odeia também meu Pai

Se entre eles eu não fizesse

Estas obras e tantas mais

Que nenhum outro tem feito,

Não pecariam os tais.

Mas agora que eles viram

As obras e me odiaram

A mim também a meu Pai

Nas escrituras marcaram

Pela palavra da Lei

Sem causa lhe odiaram.

Mas vindo o Consolador

Que do Pai vou enviar,

Que é Espírito de verdade,

De mim vai testificar

Também dareis testemunho

Pois me viste começar.

Thiago Alves