Homofóbico? Não!! "ponto de vista"
01
A onde há inversão
Há motivos pra falar
No verso que faço então
Não quero contrariar
Homofóbico nem pensar
Não serei intransigente
Mais falo pra toda gente
Que o português assassina
A inversão hoje ensina
O que não é coerente
02
Um costume diferente
Que não dar pra se aceitar
Dois machos cruzar batente
Modificando o altar
Querendo se apoiar
Nas uniões de bravuras
Usando as armaduras
Do sagrado casamento
Com o mesmo juramento
Ferindo as conjunturas
03
Nas sagradas escrituras
Do casamento se fala
Donde vêm as estruturas
E a origem que embala
Quando homem se acasala
Com mulher é casamento
É Divino o ornamento
Também é bênção Divina
Mas menina com menina
Só se faz ajuntamento
04
Toma o mesmo seguimento
Se dois machos se conjunta
Com o mesmo sentimento
O Pentateuco assunta
Dois machos formam uma junta
De casais tão bem distantes
Sem amar são mais amantes
Nos seus desejos famintos
Agindo mais por instintos
Satisfeitos por instantes
05
Afirmam mais arrogantes
De formas depreendidas
Com modos gesticulantes
São pessoas entendidas
Enfaixam todas saídas
Do entendimento perfeito
Se montam em seu conceito
Que é venenoso de fato
Até no anonimato
Atuam no mesmo jeito
06
Não basta ter preconceito
Pra se dar opinião
Aquilo que não aceito
Por não ver conotação
Sei fazer a distinção
Acentuando o correto
Aguçando o que é certo
Com base estrutural
Ornamentando o casal
Num mundo mais que liberto
07
Fazendo diálogo aberto
O casal se complementa
Dois machos mais que esperto
Na ilusão se ostenta
Um encaixa o outro aguenta
Mantendo a parceria
Na mais feia estripulia
Aguardando sua vez
Pra fazer como se fez
Em lugar que não devia
08
Nas damas com ousadia
A carícia toma conta
Se esfregam, e se arrepia
Sem o efeito da ponta
Ansiedade se monta
Nos neurônios convergidos
Que os prazeres concluídos
Confundem as suas mentes
Saindo mais que contentes
Ainda são “aplaudidos”
09
Por se acharem entendidos
Implicam a qualquer hora
Os que não são invertidos
Nem brincando comemora
Basta apenas dar um fora
Pra sofrer penalidades
Equivalendo as verdades
Repugnando por si
Não podem nem discutir
Perdendo suas liberdades
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Prevalecem as crueldades
Impostas por essas gentes
Invadem privacidades
Não respeitam ambientes
Té crianças inocentes
Findando por assistir
Pessoas se exibir
Num beijo bem prolongado
É isso que eu acho errado
No seu modo de agir
11
E ninguém pode intervir
Nem pedindo por favor!
Um macho se exibir
Sem respeitar o vovô
Desfrutando seu vigor
Com outro como convém
Sem respeitar a ninguém
Tão entendidos não sabem
Que essas logicas não cabem
Na consciência do bem
12
Prosseguindo como um trem
Transtornando consciências
Suas medidas não têm
Um terço das aparências
Explodem nas consequências
Dos seus atos cometidos
Onde fêmeas são maridos
E macho são as mulheres
Não cabem se quer colheres
Por isso não tem sentidos
13
Nos desejos embutidos
Eles andam na surdina
Procuram desentendidos
Voz do homem já afina
Enquanto lá na menina
Engrossa pra invocar
Põe macheza no andar
Ligeirinho se adorna
Pra ver se a leiga transtorna
E passa a lhe apoiar
14
Se uma presa achar
Vai mostrando sua astúcia
Meiguice no maquiar
Na triste roleta Rússia
Quando encontra uma Lúcia
Que foi nascida mulher
Embora saiba o que quer
Lhe aplica outro caminho
Sem mostra um só espinho
Topa o que der e vier
15
Os homens a onde der
Faz a mesma estripulia
Onde seu pé o puser
Mesmo onde não cabia...
Vejo isso hoje em dia
Como imoralidade
Sem nada de igualdade
Nos costumes obtidos
Ganha nomes de entendidos
Por toda sociedade
16
Também vejo crueldade
Nos atos mais desumanos
A mesma sociedade
Que traz o nome de humanos
Ignorar os seus planos
Do mesmo sangue em apreço
Onde eu mesmo reconheço
Os castigos que lhes dão
Quando a descriminação
Aflige como começo
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Do meu pedestal eu desço
Em defesa me apunho
Por pagarem maior preço
Reprovados pelo punho
A valia do seu cunho
Se perde sem afeição
Nunca ganham aprovação
Quando buscam trabalhar
Sonhando só faz sonhar
Mesmo tendo profissão
18
Lanchonete ou construção
Numa fábrica ser gerente
Na saúde e Educação
Jamais tomarão a frente
Nem parece que são gente
São vistos pelo contrário...
Até mesmo no salario
Se ficar não é o mesmo
O mundo se torna esmo
Quando fica é temporário
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Restando em seu diário
A mais cruel frustração
Sendo o próprio comissário
Da sobrada humilhação
Isso sim é ingratidão
E falta de lealdade
Onde venho de verdade
Defende-los fortemente
Quem sofre atualmente
Qualquer tipo de maldade
20
Fiz aqui disparidade
Soltei a língua no meio
Nomeei desigualdade
Chamei até nome feio
Sem distinção me ateio
Na arte que me completa
Sem ação de indireta
Falei da minha noção
Na vida não sobra um grão
Que Deus não dê sua meta
21
Jesus impôs a dieta
A única meta que creio
Igualzinho ao poeta
Leia ela onde eu leio
Triture todo anseio
Onde a fé entre em ação
Nessa iguala o cidadão
Fruindo paz e amor
Independente da cor
Mostrando a salvação