Não Venha Puxar Meu Saco
Além de muito bonita,
Conterrânea poetisa,
Bem escreve e profetiza,
Nem cora, nem fica aflita,
Comigo se congratule,
Que cobra não tem sovaco,
Não venha puxar meu saco,
Não goste que me bajule
Pedaço de pote é caco,
Esquecido no monturo,
Gente chata não aturo,
Não me venha dar pitaco,
Quem gosta de loca e sapo,
Não quero que me oscule,
Detesto que me bajule,
Não venha lamber meu saco.
No cachimbo tem tabaco,
No angu botei pimenta,
Tem rapé na sua venta,
Surucucu no buraco,
Na fogueira tem cavaco,
Se quiser você que pule.
Mas, favor não me bajule,
Não venha puxar meu saco.
A primeira parte consta da
participação de um Cordel com
Poetisa Aila Maria Brito.
Só pra te contrariar,
Vim aqui puxar teu saco,
Mas não naquele lugar,
Bem acima do buraco,
Seu cordel está perfeito,
Carregado de ironia,
Não há quem bote defeito,
É perfeito a melodia,
Não se preocupe amigo,
Eu sei onde se futuca,
Sou macaco muito antigo,
Não meto a mão em cumbuca.
Participação de Jogon Santos