A CULTURA NORDESTINA REPRESENTADA PELO CANGAÇO (somente para apresentação escolar)
Vou falar de certa cultura
Do povo do meu Nordeste,
Nestes versos que eu fiz,
Espero que algum preste.
Tem gente que fala muito
E há fulano que nada diz,
Nordeste dum povo forte,
Tendo azar ou tendo sorte,
Mas é um povo muito feliz.
Citar a cultura nordestina
Convém sempre registrar,
Tempos bastante difíceis
Os quais posso relembrar.
A seca que predominava,
O nosso povo castigando.
Onde o coronelismo era lei,
Latifundiário agia como rei,
A classe pobre humilhando.
Uma região que já sofreu
Nas mãos de cangaceiros,
Bandidos e malfeitores
Assassinos e pistoleiros.
Mas que nunca se rendeu
E não se entregou jamais.
E após todo esse tempo,
Entre tantos contratempos,
Vive momentos de paz.
Nordeste de muitos líderes
Entre eles cito Lampião,
O seu nome era Virgulino
O maior terror do Sertão.
Ouçam o que lhes digo
Sem dúvida no que falo:
O cangaço era seu destino
Outro igual não imagino,
Ou então, aqui me calo.
Seu sobrenome era perigo
Era um cangaceiro do diabo,
Fiquem atentos ao que digo:
Lampião fora um renegado.
Saqueava sítios e cidades,
Extorquia alguns fazendeiros
Que tinham cabeças de gado,
E viam seus bens roubados
Pelas mãos dos cangaceiros.
Mas há quem diga, inclusive
Que Lampião vinha socorrer,
Aos pobres e aos desvalidos
A quem lhes dava de comer.
E quem desejou conhecer
De Lampião a sua história,
Fora um cangaceiro famoso
Mas um bandido meticuloso
Que ficou na nossa memória.
Houve grandes cangaceiros
No século passado e distante,
Até as décadas de 30 e 40
O cangaço era constante.
Lampião e Antônio Silvino,
Corisco e Jesuíno Brilhante,
Foram temidos e lideraram
Bandos que depois acabaram
Ou foram mortos pelas volantes.
Aquele Nordeste do cangaço
Como mostram na televisão,
Há muito que ficou para trás,
Surgindo uma nova geração.
O Nordeste hoje é uma região
Que o ano todo atrai turistas,
Gente que vem pra conhecer
Nossa natureza e a se saber,
Praias a se perder de vista.