O JUIZ DO FUTURO

Poema declamado no dia 12/02/15, no Seminário de Ética CCJ UFPB

A devoção e a ética

Poderão edificar

Nosso juiz do futuro

Pra melhor abalizar

Neste terceiro milênio

Um novo oxigênio

Haverá de permear

O operador sensível

Humano, desapegado

Das coisas materiais

Que se sente indignado

Com essa situação

Em ver o humilde irmão

Excluído pelo Estado

Na visão de Charpentin*

Não é proibido sonhar

Com o juiz do futuro

Virtude a se formar

Hábil e cavalheiresco

Sentimento gigantesco

Sem a vaidade olhar

E como disse Teixeira**

Ainda hoje e cada vez

Com maior convicção

Um juiz com honradez

Humano, independente

Firme, corajoso, ciente,

Sereno, sem timidez

Ele não é responsável

Por toda a injustiça

Porém pela remoção

É de fato a sua liça

No universo atuar

Que foi reservado estar

Dinâmico, sem cobiça

Acreditar na justiça

E nunca esmorecer

Ser capaz de transformar

A vida e combater

Pelo bem da humanidade

Com responsabilidade

Sem o dinheiro o deter

Se as Escolas propiciam

Técnica reciclagem

Devem investir agora

Nessa espécie de “viagem”

De uma reciclagem ética

Que canto nesta poética

Sobre a moral coragem

* Jacques Charpentin, em Colóquio Internacional da Magistratura;

**Sálvio de Figueiredo Teixeira, em Mensagem aos novos juízes.