*NAS VEREDAS DA SAUDADE!!!
NAS VEREDAS DA SAUDADE!!!
Quero manter a lembrança,
Do tempo em que fui criança,
Bem viva no coração;
Pois essa chama me aquece,
É um sonho que não perece,
É uma doce ilusão.
Ali estão meus brinquedos,
As aventuras, os medos,
Devaneios infantis,
Ficções, e fantasias,
Venturas e alegrias,
Incluem-se nesses perfis.
Também está a saudade,
Bem como a felicidade,
Os quiméricos ideais;
Retalhos do meu outrora,
Da minha mais tenra aurora,
Que não volta nunca mais.
Porém reluto e insisto,
Pra jamais me esquecer disto,
Que antes me fez feliz,
O tempo; não sei pra onde,
Carregou da árvore fronde,
Mas não levou a raiz.
E, por vezes me comovo,
Imagino, se um renovo,
Acontecesse, talvez;
Eu nas ondas da meiguice
Retornava a meninice,
Pra viver tudo outra vez.
Mas, sei que é impossível,
Voltar, e acho terrível,
A cruel realidade;
Passo a agir qual um tolo,
Buscando um vago consolo,
Nas veredas da saudade.
Carlos Aires
27/09/2014