Família Rodrigues Nascimento de Pedra Preta/RN

A Deus peço sabedoria

Nesses versos a costurar

Para dizer com precisão

Dessa história a rimar

Da família Rodrigues Nascimento

Não esqueçam um só momento

Dos fatos que vou narrar

É uma família humilde

Mais de muito respeito

Honesta e trabalhadora

Amantes da paz e do direito

Gente que tem palavra

Que se sustentaram na lavra

Como ditava o contexto

Os mentores dessa união

Agora vou apresentar

Foi Francisco Nascimento

Que de pacote vivem a chamar

Em Bento Fernandes nascido

E por lá mesmo crescido

E morou até depois de casar

Foi com Zuleide Rodrigues

Que no fechado nasceu

Distrito de bento Fernandes

E por lá mesmo ela cresceu

Filha de Cícero e Izabel

Ela cumpriu com o papel

E como boa filha viveu

Ele nascido em trinta e sete

Ela em quarenta e dois nasceu

Ele filho de José e Das dores

Os pais com quem viveu

Ele vivia como um vaqueiro

E foi como um passageiro

Que Zuleide o conheceu

No ano de cinquenta e oito

Começaram a namorar

E com um ano depois

Os dois Resolveram noivar

E com as benças do padre Lucena

Ainda me lembro a cena

Quando eles foram se casar

Na capela de Bento Fernandes

Em mil novecentos e sessenta

Exatamente quatro de dezembro

Como o poeta apresenta

Casava-se Chico e Zuleide

E mesmo fora das paredes

Casaram-se com toda vestimenta

Nascia nesse contexto

Uma nova família potiguar

A união dos Nascimento e Rodrigues

Que logo vai aumentar

E em busca de trabalho

Acharam na seca um atalho

E em Pedra Preta foram morar

Antes de ir pra nova terra

A primeira herdeira nasceu

O casal ficou muito alegre

E pra Pedra Preta correu

Era uma nova vida

O casal e sua querida

Como Deus o prometeu

Chico era bom vaqueiro

Nos anos de inverno agricultor

Junto com dona Zuleide

Aquelas terras cultivou

E foi naquela cidade

Com muita veracidade

Que suas vidas aprumou

Zuleide era trabalhadeira

E Chico sempre a ajudar

Hora lavando roupa de ganho

Hora no roçado a limpar

Plantando ou colhendo

E a família ia vivendo

Com os dois a trabalhar

Com fé em são Francisco

A vida veio a melhorar

Outros filhos chegaram

Para a família aumentar

Chico e Zuleide sempre unidos

Companheiros e amigos

Em ambos podiam confiar

Ela uma mulher honrada

Digna e batalhadeira

Esposa de confiança

Uma mãe altaneira

De uma moral inabalável

Uma pessoa confiável

E acima de tudo verdadeira

Ele um homem de luta

Acima de tudo um forte

Sofrendo com os maus invernos

Contou muito com a sorte

Um pai de família respeitoso

Um vaqueiro extremamente jeitoso

Que da jeito até na morte

Unidos frutificaram

E uma bela família se formou

Os Rodrigues Nascimento

Em Pedra Preta se estalou

E foi com o passar dos anos

Nesses fatos não me engano

Que a família aumentou

Hoje já se pode agradecer

Cinquenta e quatro anos de casados

Uma vida e tanto vivida

Muitos exemplos expressados

Um casal pra se espelhar

Por seu exemplo caminhar

E seus ensinamentos ser guiados

Chico e Zuleide os protagonista

Que construíram uma família

Hoje já são muitos

Vivendo da companhia

De pessoas tão importantes

Que não esquece um só instante

O sentido da parceria

Os filhos são seus frutos

Colhidos com muito fervor

Mesmo nos momentos difíceis

Sabiamente os educou

Para serem pessoas de bem

Pois melhor coisa não tem

Do que o caminho do amor

Doze filhos eles tiveram

Todos muito bem educados

Seis homens e seis mulheres

Ambos bastante amados

Gratos aos velhos pais

Que não esquecem jamais

De como foram criados

Lucia a primogênita

Francisca, Margareth e Luciano

Neto, Canindé e as gêmeas.

Mônica e Régia, depois Cristiano

A primeira Cristiane morreu

Mas na família viveu

Por quase um ano

Depois vitoriano nasceu

Mais um homem a chegar

E logo veio Francisca Cristiane

Que a outra foi homenagear

Por último geraram um menino

Para completar o destino

E de Leandro foram batizar

Os netos são quinze

Que vou agora apresentar

Jobson, Lidiane e Paula

Larissa, Luana, lazaro a somar

Mirian, Hallyson e Maria Clara

João Lucas, Yves e Izamara

Victor, reginho e Artur pra fechar

Ainda nessa turminha

Um bisneto apareceu

É o Davi filho de Lidiane

Homenagem ao rei judeu

Essa é toda a família

Que vive de muita alegria

Pois assim deus concedeu

Ainda na grande família

Entra os tais agregados

Maridos e esposas dos filhos

In memorian Irene já no outro lado

Deda, João, Maciel e Stephane

Boba, thaysa, josy e tatiane

Geraldo e Lúcia também integrados

Esses indiretamente são da família

E todos foram listados

Só faltam mais três

Os agregados dos agregados

Vivian a única mulher

Os homens Marcio e André

E todo elenco ta apresentado

São doze filhos e quinze netos

Alguns bisnetos devem chegar

Descendentes de Chico e Zuleide

Um casal muito exemplar

Que se dedicou a família

Com presteza e maestria

De uma maneira espetacular

Que ambos sejam lembrados

Enquanto a gente viver

Seu exemplo, sua bondade

Que foi possível receber

Que ousamos sua voz

Que fique presente entre nós

E possa nos fortalecer

É uma geração inteira

Que o sobrenome vai levar

Não importa por onde for

Vão todos sempre lembrar

Que são Rodrigues Nascimento

E não esquecer nenhum momento

Quem os trouxe para cá

Agradecemos o casal

De todo nosso coração

Por todas suas lutas

E seus momentos de dedicação

Zuleide nossa matriarca

Chico nosso patriarca

Aceite nossa sincera gratidão

Que deus sempre os proteja

E que os anjos digam amém

Sejam felizes por toda vida

Aceitem nossos parabéns

Por serem quem vocês são

Pais, amigos e irmãos.

Os cultivadores do bem

Lino Sapo é um bocoió amatutado que nasceu lá nas brenhas do sertão do Rio Grande do Norte, numa escola abandonada, no povoado de Cachoeira do Sapo. Filho de um casal de retirantes que mais tarde se tornaram uma agricultora e um pescador. Depois de graúdo estimbungou pra Natal no intuito de aguar seu conhecimento com uma enxurrada de informação represada na UFRN e UNP e tarrafeada nos cursos de Biblioteconomia, Letras e História. Atualmente cultiva com os diplomas de bacharel e licenciatura que são adubos para sua vazante e seu roçado de pensamento. E é com a enxada da imaginação que escava a terra do regionalismo, xaxando cada pé de sentimento, em que já brota alguns cambucer de versos e umas bajes de rimas. Colhidos e debulhados deram algumas cuias de poesias, enchendo uns bisaco de cordéis, que, em caçuá, no lombo da vida, vai no tempo literar.

Lino Sapo
Enviado por Lino Sapo em 07/03/2014
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