VENDO SEM ENXERGAR

Desde minha infância

Eu sempre procurava

Um ser supremos e divino

De quem o povo falava

Olhei pro céu e pra terra

A ele eu não enxergava

Da infância a juventude

Muito tempo se passou

Desfrutei a mocidade

Do que o mundo me mostrou

No fogo da vaidade

Minha vida se frustrou

Construí família

Tornei-me assim um pai

Busquei o que não via

Fiz da vida um vem e vai

Entrei em becos da vida

Que outros entram e não saem

Nunca me esqueci

Da busca iniciada

Nas ruas e avenidas

Por faróis alumiadas

O deus forte e divino

Da palavra anunciada

Nos momentos mais difíceis

Pelo seu nome chamei

Nas horas de amarguras

Eu nunca o enxerguei

Mas levando e caindo

Na busca continuei

Nos vales montes e cascatas

Pelas florestas e rios

Nas quedas das cachoeiras

Nos campos que se floriu

Nas noites mais tenebrosas

Enfrentei o desafio

Ele diante de mim

Eu via e não enxergava

A sua voz eu ouvia

Porem não escutava

Quando eu chorava e gemia

Perto de mim ele estava

Andava sempre comigo

Lado a lado caminhando

Eu olhava e não o via

E ele me explicando

Eu sou a luz do mundo

Que está ate iluminando

Olhando para o céu

Vi o sol resplandecente

Que da vida a todo ser

Com poder onipotente

Que ama ao pescador

Como ama ao inocente

O sol astro celeste

Que no céu esta brilhando

E o nosso Deus javé

Lá do alto nos olhando

Por seu filho Jesus Cristo

Nossos passos vigiando

E meus olhos sem vendas

Eu via e não enxergava

Me chamava e eu não o via

Se ouvia me calava

Ele estava presente

Toda vez que eu chamava

Mas na bíblia sagrada

Achei a explicação

O verbo se fez carne

Sendo o autor da criação

E com a sua palavra

Me fez revelação

Zé Bezerra o Águia de Prata
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 22/04/2007
Código do texto: T459436
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