*AOS ESTUDANTES!!!

AOS ESTUDANTES!!!

O estudo é o caminho

Que leva a prosperidade.

Começa pequenininho,

No rumo da faculdade,

Porém depois de formado

Ainda tem um mestrado

-Uma pós-graduação,

Quando atingir esse ponto,

Aí sim, estará pronto

Pra exercer qualquer função.

Pode ser economista,

Um médico conceituado

Um competente jurista

Um perito, um delegado,

Ou mesmo um psicólogo,

Cirurgião, odontólogo,

Dramaturgo ou escritor,

Arquiteto, bom no traço,

Pra dar o primeiro passo

Valeu-se de um professor.

Se o aluno é dedicado,

E o professor competente,

Forma um conjunto adequado,

Com tudo pra ir em frente

A busca de um bom futuro,

Mas pra que fique seguro,

Dos termos do conteúdo,

É bom que esteja tranquilo,

Sem dar chance pra vacilo

Se aprofundando no estudo.

Porém nem tudo é florido

Nesse caminho de luz.

Existe o bem sucedido

E o que carrega uma cruz,

Para o seu próprio calvário,

Fazendo tudo ao contrário

Das regras do bem viver

E abraça como ofício

O roubo, a droga e o vício,

Nem sequer aprende a ler.

E vou exemplificar

O que ora estou dizendo,

Para o leitor não pensar

Que o poeta está querendo

Só dar lição de moral.

O filho de Zé Cabral,

Cujo nome era Ibraim,

Junto com o de seu Lutero,

Conhecido como Antero,

Vejam que dupla ruim.

Quando iam pra a escola

Aprontavam confusão.

Cada um mais gabarola,

Blasonador, fanfarrão,

Sem moral, nem disciplinas,

Abusava das meninas,

Com despudor e indecência,

E fazia pouco caso

De alguém que, por acaso,

Fosse tomar providência.

E aos meninos pacatos

Faziam provocações

Insultando, com maus tratos,

Davam tapas, empurrões,

Desafiavam pras brigas,

Com futricas, com intrigas,

Sem base, nem fundamento,

Rapidinho, sem demora,

Eita duplinha caipora

Pra causar ódio e tormento!

A professora, coitada,

Se fosse botar moral,

Levava tanta porrada

Que baixava ao hospital.

E se algum intercessor

Avisasse, ao diretor,

Da revolta, do motim

Dos agravos, das afrontas,

Ia ter que acertar contas

Com Antero e Ibraim.

Porém, para gazear

Aulas, Eram campeões!

Por não querer estudar,

Sem dar bolas pras lições,

Nem aprender coisas novas,

Chegava o dia das provas

Pra Ibraim e Antero,

Por não atingir as cotas

Exigidas, suas notas

Nunca passaram de zero.

E assim, por vários anos,

Tornaram-se repetentes

Com os seus gestos tiranos

E atitudes delinquentes,

Desse ponto não passaram.

Seus colegas avançaram

E eles ficaram pra trás

Bebendo as amargas taças,

Frutos das muitas desgraças,

Herdadas de Satanás.

Porém, sem nada aprender,

Desistiram da escola.

Por achar que bem viver

É badernar, jogar bola,

Investir na vadiagem,

Ingressar na malandragem,

Sem seguir bons ideais,

Logo foram atraídos

Por traficantes, bandidos,

Pra o mundo dos marginais.

E logo a vida dos dois

Deu uma enorme guinada

E sem pensar que depois

Viria a bronca pesada,

Investiram muito alto,

Praticando roubo, assalto,

E, no decorrer da trilha,

Depressa os dois militantes

Deram passos importantes

Na formação da quadrilha.

E dessa corja infeliz

Eles eram comandantes,

Pois o perfil bem condiz

Por serem muito arrogantes

E atiradores francos,

Passaram a assaltar bancos

E pontos comerciais,

Sequestravam e matavam,

Sem cogitar que encontravam

As forças policiais.

Um dia o cerco fechou-se

Nas entradas da favela,

Grande batalha travou-se,

Por entre beco e viela,

E daquele tiroteio

Ibraim tava, no meio

Quando uma bala perdida

Atingiu-lhe bem no peito,

Causando-lhe um trágico efeito,

Pois ali tombou sem vida.

Já Antero foi detido

E jogado no camburão.

Hoje, muito arrependido,

Cumpre pena na prisão.

De seu passado inseguro

Reclama, pois sem futuro,

Privado da liberdade,

Pelas suas rebeldias,

Vai terminar os seus dias

Confinado atrás da grade.

Caro aluno dedicado,

Estudar é a solução

Pra ser um homem honrado,

Um honesto cidadão,

Ter a vida promissora,

Seja doutor ou doutora,

Na carreira a ser seguida,

Atente bem pra essa frase:

O estudo é a melhor base

Para a construção da vida!

Carlos Aires

27/10/2013

Texto revisado e corregido

pelo poeta e professor potiguar

meu amigo Marcos Medeiros