Uma Vaquinha, uma história!

QUANTO VALE ESSA VAQUINHA HOJE?

01

É quase sem ter sentido

A expressão em apreço

Mais o passado vivido

Na memória não tem preço

E eu que não faço esqueço

Recordo com alegria

Descrevendo a harmonia

Que sempre gozei embora

Alguém com tristeza chora

Quem sabe até esse dia

02

Me casei como devia

O casório acontecer

A namorada fingia

Ser madura mas sem ser

Gostei demais conhecer

A menina feiticeira

Mesmo sem ser rezadeira

Sem precisar muito alarme

Me ganhou com o seu charme

Começando em brincadeira

03

Me perdi-me na carreira

De estudar pra ser gente

Comecei causar canseira

Sendo do pai dependente

Sem contar que o aguardente

Todo dia consumia

Estragando a simpatia

Da família adquirida

Assim eu levava a vida

Fracassando e não sabia

04

Pra quem nada pretendia

Foi mudada a rotina

Pai e mãe e moradia

Pruma vida peregrina

A capital me destina

Sem demora me mandei

O torrão abandonei

Bela terra da infância

Pra encarar a distancia

Do Sitio que me criei

05

Só depois me casei

Se deu esse acontecido

Minha amada eu levei

No prazer de ser marido

Comecei a ver sentido

Nessa vida diferente

Com a dita adolescente

Na chamada vida a dois

Narro antes e depois

Da doce vida da gente

06

Numa casa de parente

Fiz morada com sossego

Sem trabalho e dependente

Sem arranjar um emprego

Vez por outra um escorrego

Mas firme em honestidade

Numa dita faculdade

Vivendo de ajudinha

Da família dela e minha

Pra nossa felicidade

07

Fiz bico de qualidade

Cavei esgoto também

Encontrei muita bondade

Fiz por onde viver bem

Sem nunca enrolar ninguém

Embora fosse enrolado

Na capital do Estado

Da Paraíba querida

Labutando pela vida

Mas sempre desempregado

08

Um emprego nem forçado

Arranjei naqueles dias

Em nada qualificado

Suportando as agonias

Descri de todas magias

Mas sempre perseverante

Fiz curso de vigilante

E paguei com doação

Dos amigos em ação

De perto e também distante

09

Foi a hora mais marcante

Daqueles dias vividos

Um amigo arrogante

Dos trocados desprovidos

Até frases aos ouvidos

Me vieram confortar

Cheguei a me diplomar

Na área de segurança

Ligeiro foi a mudança

Comecei a trabalhar

10

Um filho pra completar

A alegria Deus me deu

Pra eu e ela criar

Mais na frente outra nasceu

Cum sorriso igual o meu

Assim era comparado

Um casal de filho amado

Era o recurso que tinha

Mais sempre vinha ajudinha

Do meu pai e sogro amado

11

Eu já me encontrava armado

Num banco, de segurança!

Dois anos se foi marcado

Havendo logo mudança

Fiz uma nova aliança

Em outra firma igual

Recebi o capital

Onde ligeiro investi

Comprei um taxi e senti

Uma mudança real

12

Segui a vida normal

Tendo duas profissões

Nada vi de anormal

Favoráveis condições

De dia tinha patrões

A noite só eu mandava

A praça me esperava

Onde um bico eu fazia

Mais logo cedo do dia

Para firma eu me mandava

13

No taxi o que eu ganhava

Complementava o salário

Quanto mais me empenhava

A firma ia ao contrário

Ate que o calendário

Registrou sua falência

Me senti na incumbência

De no taxi investir

E a vida prosseguir

Sem pensar em desistência

14

Meu filho na inocência

Já se achava na escola

A filha do mesmo jeito

Ligeiro se desenrola

Ambos enchia a bola

Do pai gordo de prazer

Que tudo que ia fazer

A família era presente

Pois não tirava da mente

O medo de não vencer

15

Troquei o carro sem ter

Favoráveis condições

Um amigo sem deter

Dedicou-me doações

Ouve outras expressões

Que passo a diluir

O que fiz pra prosseguir

Lentamente evoluindo

E firme sobressaindo

Sem pensar em desistir

16

Zé Carlos me fez sentir

A esperança renascer

Deus lhe deu a possuir

Dois carros por merecer

Onde veio oferecer

Querendo me ajudar

Expondo um parcelar

Traçado no seu esboço

Que cabia no meu bolso

Como eu pudesse pagar

17

Depois de tanto pensar

Vendi o meu sem demora

Começou a melhorar

Sem encargos juro e mora

Quando em uma boa hora

Recebi outra visita

Do primo da minha dita

Esposa e mãe dos filhos

Pra arear nossos brilhos

Com a proposta bendita

18

Se a compra facilita

Tu pagar em prestações

Isso me possibilita

Te doar alguns tostões

Fez os nossos corações

Desta vez bater mais forte

Melhorou nosso transporte

Que também ganhava o pão

Todo mês a doação

Nos vinha dando suporte

19

O sul ajudando o norte

Seis meses chegou ao fim

Da ajuda não fez corte

Prazeroso fez assim

Não durando tempo ruim

Se a bênção era divina

Meu menino e a menina

Na a escola todo dia

Tristeza quando subia

O preço da gasolina

20

Começou haver ruína

Da forma que eu fazia

Com carinho fiz rotina

Eu leva, e eu trazia

Pra todo canto que ia

Os meus filhos com prazer

E o carro poice a beber

Tudo que eu apurava

E quanto mais eu rodava

Não via a grana render

21

Vi alguém abastecer

Em um posto especial

Fui bem perto para ver

Algum diferencial

Pois era o gás natural

Há pouco tempo surgido

Só pra carro convertido

Eu quis converter o meu

O custo me entristeceu

Retornei entristecido

22

Quando nada faz sentido

Ficamos té sem ação

Foi quando fui atrevido

De vender sem permissão

A vaca de doação

Que o avô prazenteiro

Doou ao primeiro herdeiro

Em um gesto apaixonado

Vendi sem ter combinado

O que devia ser primeiro

23

Economia por inteiro

Saciável diferença

Gastando menos dinheiro

Melhorou nossa dispensa

Meu filho dizia bênça

Satisfeito me beijava

A dor no peito apertava

Por mantê-lo inocente

Mas lhe dei vida descente

Por todo canto que andava

24

Coração acelerava

Quando ele feliz dizia

Minha vaquinha estava

Bem gorda e eu sentia

Que a enganosa alegria

Só eu era responsável

Fiz tudo num gesto amável

Mas porem sem permissão

Me desfiz da doação

Num sentido maleável

25

Foi deveras favorável

Dei a eles privilégios

Num prazer inigualável

Todo dia nos colégios

Dispensando os sacrilégios

Grande esforço foi usado

Com sono, mas acordado

Alegria definida

Muitas noites mal dormida

Desse pai apaixonado

26

Fiz ele ser diplomado

Na Escola Olivina

Aprendeu ser educado

Do mesmo jeito a menina

Daquela vaca DIVINA

Que do céu foi enviada

Me tirou da madrugada

Da formosa cama quente

Mas ela foi a nascente

Da minha historia narrada

27

Ele e Ela diplomada

Na musica arte bela

Cada nota soletrada

Sendo por Ele ou Ela

Meu coração inté congela

De tanta satisfação

Enumera a emoção

Por ter meu dever cumprindo

Pois se nada fez sentido

Vai fazer na conclusão

28

Na informática então

O Jonas é um artista

Da simples formatação

No XP, windows ou vista

Muito mal eu dou a pista

De tudo que ele sabe

E até escrevendo eu babe

De emoção como diz

Pai coruja de feliz

Que esse prazer nunca acabe

29

Se um dia eu me gabe

Pois sei o quanto ralei

Se a gratidão não cabe

Na expressão que usei

Se errado eu comecei

Foi bonito o meu errar

Errei tentando acertar

Sou feliz porque errei

Pois meu filho eduque

Como devia educar

30

A vaquinha fez brotar

Na despensa leite ninho

Renovei o frigobar

Pra ter suco bem fresquinho

Do maternal ao cursinho

Conferindo toda idade

Hoje a universidade

Registrando os dois nomes

Se houve sedes ou fomes

Maior foi a lealdade

31

A triste felicidade

Patina sobre a beleza

Se agi contra a vontade

Foi onde encontrei firmeza

A onde plantei tristeza

Por ter a vaca vendido

Com o esforço desprendido

E a lagrima que chorei

Formados eu sei que sei

Por eles compreendido

32

Um sonho foi se perdido

De muitas vacas se ter

Depois dele ter crescido

E um doutor vier ser

Sua irmã também vai ver

E todos a olhos nus

O leve peso da cruz

Na atitude tomada

Carreguei na longa estrada

Com forme o que expus

33

A vaca não só produz

Quando ela é bem cuidada

Dependem como conduz

A fortuna apurada

E sendo bem aplicada

O lucro se pode ver

Investindo no saber

O dono feliz se sente

Nas faculdades da mente

Não há quem possa deter

34

Essa só tende a crescer

Nas fronhas do intelecto

Muito mais do que se ver

Num sábio sublime aspecto

Orgulhoso segue o secto

No seu bem está vivido

Milionário erguido

Daquele estudo diário

Pra sempre um milionário

Por parcelas construído

35

JONAS, tudo Tem sentido.

Onde senti minhas dores

Não pensei ser aplaudido

Ativei todos os sensores

Seguindo o cheiro das flores

Andando sobre o pomar

Não perdi por te ensinar

Tudo isso tem valia

Ajuntei o que sentia

Só hoje venho expressar

36

JÉSSIKA o meu versejar

É prazeroso vivendo...

Como posso não chorar

Indo tudo corroendo

Kms percorrendo

Amando um viver tristonho

Nos versos em que componho

Transpareci meu viver

Assim um pai pude ser

Sem frustrar sequer um sonho

37

Por tudo não to bisonho

Ou não nego o que fiz

Rastejo no que exponho

Já me sentindo feliz

Ao findar vou ver quem diz

Impar foi a trajetória

Ligeira foi a memória

Tendo tudo bem guardado

Onde o bom resultado

Não se ver só na historia!!!

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Jailton Antas
Enviado por Jailton Antas em 17/10/2013
Reeditado em 29/12/2018
Código do texto: T4529181
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