PELEJA VIRTUAL ENTRE OS POETAS HÉLIO CRISANTO E CARLOS AIRES!!!

PELEJA VIRTUAL ENTRE OS POETAS

HÉLIO CRISANTO E CARLOS AIRES

O meu verso destrói que nem tufão

É gigante, mordaz e poderoso

Tem a fúria de um rio caudaloso

Tem o ímpeto da larva de um vulcão

Tem o dobro da força de sansão

É ligeiro, seguro e não se atrasa

Quando pega machuca feito brasa

Queima mais do que mijo de potó

Cantador sendo ruim, eu dou um nó

Pra amarrar o jumento lá de casa

(Hélio Crisanto

Que o seu verso é grande, isso não nego.

Tem o brilho dourado das manhãs.

Já o meu, tem potência dos Titãs

Do Olimpo, e a força que carrego

Comparada a Sansão que era cego

Conduzido na mão pelo seu guia

Tem o triplo da carga de energia

Cada linha do verso que escrevo

E é por isso poeta que me atrevo

Insultá-lo com minha poesia.

Carlos Aires

Certo dia ganhei de patativa

Duelando nas cordas da viola

Canhotinho de mim já levou sola

Carlos Aires só vai gastar saliva

Sou poeta de mente criativa

Em congresso que for eu boto azar

Chamo a minha torcida pra vaiar

E depois te enterro numa cova

Apagando o teu verso e tua trova

Pra você nunca mais me insultar.

Hélio Crisanto

Já venci Pinto velho de Monteiro

E também Otacílio e Lourival

De Diniz Vitorino fui rival

E esse mestre na arte foi guerreiro.

Nesse ofício de quem é violeiro

Pode vir quem quiser, eu me garanto

Sou o rei nessa arte e por enquanto

Não pretendo perder a majestade

Para um vate de baixa qualidade

Assim como você, Hélio Crisanto.

Carlos Aires

Eu não perco o meu tempo pra cantar

Com poeta que canta gaguejando

Assombrado com o povo e se atrasando

Com mentiras querendo me assustar

É preciso saber meu linguajar

Ser criado com perna e com pirão

Levar queda de burro e de alazão

Esquipando por entre o tabuleiro

Dando surra com galho de pereiro

Nas mutucas que voam no sertão.

Hélio Crisanto

Pois comigo a coisa é diferente

Não espere que eu coma sua corda

Poesia é farta, e em mim transborda

Como fosse uma fonte, uma vertente.

Eu pensei que até fosse inteligente

Mas agora já vi que não é não

Aconselho a mudar de profissão

Pra que possa alcançar a sua meta

Pois lhe digo, o dom de ser poeta

Em você não terá evolução.

Carlos Aires

Nesse ramo já fui classificado

Hoje sou aclamado o rei das rimas

Pelo mundo se espalham obras primas

Na Polônia já fui condecorado

Quando for me agredir tome cuidado

Reze muito pra Deus e tenha fé

Sois um vate tão fraco e tão ralé

Que escapa comendo o meu sobejo

Tem vontade e morre de desejo

De ser grande poeta, mas não é.

Hélio Crisanto

Bem queria você Hélio Crisanto

Ter um quarto da minha competência

Pra poeta você não tem tendência

Nunca vai ser um estro do meu tanto.

Caso insista lhe levo ao desencanto

Reconheça que é grande o meu valor

Nessa área em que sou professor

Você é um discípulo, um aprendiz

Eu lhe aviso, se quer ser bem feliz

Não será se pensar que é cantador.

Carlos Aires

17/09/2013