*DIVINA LUA!!!
DIVINA LUA!!!
Logo que o dia adormece
Quando o véu da noite desce
No negro céu aparece
Essa linda deusa nua
A se exibir sobre a mata
Embevecendo a cascata
Espalhando a sua prata
No campo. Oh! Divina lua!!
O sol se apaga e recua
Porque a lindeza sua
Fascina o campo ou a rua
E essa singular beleza
Seduz atrai e encanta.
Sua formosura é tanta
Que comparo a de uma santa
No altar da natureza.
Pelos vales da devesa
Seu reluzir traz clareza
E a tocha de prata acesa
Qual um branco fogaréu
Nos causa tanta emoção
Que faço a comparação
Com um toque de sedução
Que Deus enviou do céu!
Esse lindo e fino véu
Nos deixa jogado ao léu
Vagando no mundaréu
A buscar definições
Pra descrever essa cena
Com uma clareza plena
Da sua candura amena
Agitando os corações
Causadora de emoções
Nos mais remotos rincões
Nas urbes ou nos sertões
No vilarejo ou n’aldeia
Os animais andarilhos
A mãe que acalenta os filhos
Se extasiam com os brilhos
Provindos da lua cheia.
A onda ao quebrar n’areia
Corteja e lhe galanteia
E a estrela papa-ceia
Por estar enciumada
De modo breve e sumário
Faz a mudança de horário
Invertendo seu cenário
Pra brilhar de madrugada.
A lua em sua jornada
É fiel advogada
Da tribuna prateada
No céu por meios legais
Com argumentos pesados
Age em prol dos namorados
Pra que sejam bem amados
Sem se separar jamais.
Os meus versos dão sinais
Que já são os terminais
Eu faria muito mais
Pois o assunto insinua
Pra que faça versos belos
Mesmo que sejam singelos
Formarão eternos elos
Entre o poeta e a lua!!
Carlos Aires
17/08/2013