JOSÉ LINS DO REGO

Nasceu José Lins do Rego

Na pequenina Pilar

Mil novecentos e um

Veio ao mundo pra brilhar

Esse grande romancista

Excelente jornalista

Cronista espetacular

Sua pena imortalizou

O professor Maciel

No seu romance Doidinho

Fez o relato fiel

Desse lente competente

Em uma época exigente

Da escola quase quartel

Ao deixar Itabaiana

Fez o curso secundário

Na capital Parahyba

Depois seu itinerário

Era formar-se em Direito

O Recife foi perfeito

P’ra cumprir seu ideário

Formou-se em vinte e três

Passou para promotor

Também foi fiscal de bancos

Mas nasceu o escritor

O engenho recordando

Sua obra foi criando

Do cenário agricultor

Em trinta e dois escreveu

A sua obra primeira

O “Menino de Engenho”

E no início da carreira

Da Fundação Graça Aranha

Seu primeiro prêmio ganha

Fortalecendo a bandeira

Do Ciclo Cana-de-açúcar

São “Menino de Engenho”,

“Doidinho”, também “Banguê”,

“Usina”, afirmando venho

Antes “Moleque Ricardo”

Como leitor felizardo

“Fogo Morto” obtenho

O romance "Cangaceiros"

E também "Pedra Bonita"

São do Ciclo do Cangaço

E muito mais nos credita

“Riacho Doce”, “Pureza”,

E “Água Mãe”, que beleza!

“Eurídice”, nos felicita!

“Meus Verdes Anos”, memórias,

Retrato da sua infância

Conta mergulhos fogosos

Numa rural tolerância

Nas águas do Paraíba

Delícias para o escriba

Impúbere petulância

Uma dezena de crônicas

Ele também escreveu

“Histórias da velha Totônia”

À juventude ele deu

E só não produziu mais

Porque Deus, o Pai dos pais,

O chamou p’ro lado Seu!