COPA DO MUNDO, DAS CONFEDERAÇÕES, O POVO NA RUA DIZ NÃO?
 
Todo mundo no país fala,
Parece que tudo se abala,
Quando essa palavra se diz,
Muita é gente faz, mas só um, eu fiz.
No início convenceram o povão,
Futebol a única e pura paixão
De um povo que não sabe escrever,
Mas se forçar, o nome sabe lê?
Vejo escritos em TV e jornais,
Disputando com novelas e telejornais,
Enquanto operários sem o que comer
Sonham com amores e traições nos comerciais.
Copa do Mundo, das Confederações,
Vejo homens, mulheres, multidões,
Correndo atrás do sonho que não veio,
Pensando em colocar seu filho neste maio.
Vamos meu filho, você vai ser um Neymar,
Sei que tu não és bom de bola, mais vai jogar.
Não precisa ser rico, nem tem que estudar,
Depois ganha muita grana até atriz vai namorar.
O filho sonhando com isso vai buscar o sonho,
Anda pela rua procurando campos e bola,
Esquece que o tempo passa, o pesadelo é medonho,
Por que larguei tudo e agora onde fica a escola.
Agora não tem mais tempo, o sonho passou,
A bola que querias agora furou,
Só tem subemprego e reciclador de lixo,
Mas não se preocupe isso hoje é luxo.
O sonho se foi, mas a mídia o faz sonhar,
Se você não pôde ser um Neymar,
Pelo menos pode vê-lo jogar,
Se não tem dinheiro, pode voluntariar.
Chega perto dos jogos tudo fica lindo,
O povo de boca escancarada
 E o político sorrindo,
Tudo foi feito numa só tacada.
Os operários na presa pra aprontar a arena,
Uns correndo pra cá outras pra lá,
Mais que linda toda aquela cena,
Parece até fita de cinema.
O povo iludido aguardando com emoção,
Os jogadores escondidos, pura ficção.
Parece que o futebol é única razão
Para sustentar e erguer uma nação.
Mas o estado em conluio com a mídia
Não deixa o povo saber de intriga,
Se é bom ou não para o estado,
O estado manda logo seu recado,
Quem se intrometer apanha,
Por quer a polícia te acompanha.
Não se faça de besta meu rapaz,
Não se intrometa, não erga cartaz,
Não manifeste, estaremos na rua
E se vós vos ferirdes a culpa é tua.
Parece que estamos voltando á ditadura
O governo usando a força policial
Em toda esquina, assim na cara dura,
Fingindo ser bom amigo e imparcial.
Mas o povo não é besta de acreditar,
Por que tanto dinheiro foi para o ralo,
Em monumentos sem consultar,
O brasileiro é pacato, mas não é tolo.
Quantos estádios virando coliseus Gregos,
Gastando todo dinheiro do trabalhador,
Deixando hospitais e escolas no prego,
Por causa de Presidente, Deputados e Governador.
Políticos desta nação sem chefe ou comandante,
Agora o povo vai voltar para as ruas,
Se pensas que tudo vai ser como antes,
Eu te digo, tudo que acontecer a culpa é tua.

Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 17/06/2013
Código do texto: T4346265
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