Perdido No Compasso

Meu caro Poeta Tiago Duarte, depois dessa sua estrofe me elogiando postada no cordel ( o olho de Deus tem outra lente) fiz mais outras pegando o mesmo mote

Quase que eu me perco no compasso

Me desculpe se foi mal comentado

01

Esse lindo cordel me inspirou

Aqui dou meus sinceros parabéns

Pelo grande talento que tu tens

Emocionado você me deixou

Nota dez pelo cordel eu te dou

Ele foi muito bem metrificado

Além disso foi muito bem rimado

Eu pelejo mais um desse eu não faço

Quase que eu me perco no compasso

Me desculpe se foi mal comentado

02

Nessa vida conturbada lá vou eu

Devagar só querendo aprender

Quando acerto o que faço é esquecer

Quando erro só repito o erro meu

O meu sonho mais belo se perdeu

E o mais triste ficou impregnado

O fracasso que ficou encaliçado

É o lucro resultante do fracasso

Quase que eu me perco no compasso

Me desculpe se foi mal comentado

03

A primeira namorada se passou

Mas seu vulto passou devagarinho

Nunca tive prazer do seu carinho

Ser o cara nunca fui nem nunca sou

O melhor é que ela se casou

Não lembra nem de mim em seu passado

Nem eu sei se fui seu apaixonado

Pois nem lembro se gozei do seu abraço

Quase que eu me perco no compasso

Me desculpe se foi mal comentado

04

Profissão foi um sonho que almejei

Plantar milho e feijão eu já sabia

Mas cresci sem plantar como devia,

A semente, pra vingar que planejei...

Muito pouco na escola estudei

Nem um titulo pude ter de educado

Pra um doutor falta muito e um bocado

Nem em sonho eu conquisto esse espaço

Quase que eu me perco no compasso

Me desculpe se foi mal comentado

05

Uma roça destocada da urtiga

A malicia de boi não era tanta

Berduegua espalhada feito manta

O lanche rotineiro da formiga;

A praga alicerçada bem antiga,

Devorou o feijão todo xaxado

Deu no milho quase todo pendoado

Meu lucro foi apenas o cansaço

Quase que eu me perco no compasso

Me desculpe se foi mal comentado

06

A inveja certo dia eu acolhi

A ganancia também veio junto dela

A vingança era parte da tutela

Displicente esse mal não percebi

Num só gole tudo isso ingeri

Muito tempo eu andei afadigado

É o que leva andar mal acompanhado

Sem fantasia era igual a um palhaço

Quase que eu me perco no compasso

Me desculpe se foi mal comentado

07

A maldade bateu em minha porta

Chegou cedo na minha juventude

Só queria revogar a atitude

Amorosa que a paz ela transporta

Não vingou pois em si já era morta

É o meu corpo pra isso foi fechado

Nem espaço pra ela foi deixado

Desistiu, foi saindo passo a passo

Quase que eu me perco no compasso

Me desculpe se foi mal comentado

08

Mas a sorte também veio duma vez

Arrancou a tristeza que havia

Deu de volta a paz e alegria

Mas feliz duque antes só me fez

Renovou a perfeita lucidez

Com Tiago ter me elogiado

Deixou mente e estomago saciado

Mais que rico semelhante a um ricasso

Quase que eu me perco no compasso

Me desculpe se foi mal comentado

Jailton Antas e MOTE DO POETA TIAGO DUARTE DE CAMPINA GRANDE PB
Enviado por Jailton Antas em 19/02/2013
Reeditado em 11/07/2015
Código do texto: T4149279
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