CARPINA OITENTA E QUATRO ANOS!!!!
CARPINA OITENTA E QUATRO ANOS!!!!
Caro leitor me acompanhe
Nessa viagem notória
Pelo mundo da pesquisa
Pelas trilhas da memória
Até chegar a Carpina
Pra conhecer sua historia.
Ao longo da trajetória
Se nos ajudar a sorte
E der-nos carona o tempo
Pra servir-nos de transporte
Chegaremos à cidade
Que orgulha a Mata Norte
Buscando apoio e suporte
Pra que possa entrar no clima
Logo vou citar Martinho
Francisco de Andrade Lima
Um morador dessa terra
A quem dedicou estima
Buscando matéria prima
Esse honrado tanoeiro
Para fazer seus trabalhos
Na arte de carpinteiro
Dos antigos moradores
Ele foi o pioneiro.
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Quem ia pra Limoeiro
As margens da ferrovia
Na Floresta dos Leões
Uma casinha se via
Assim surgiu nessas plagas
A primeira moradia.
Martinho nela residia
Seguindo sua rotina
Por ser um bom carpinteiro
Fiel a sua doutrina
O lugar foi conhecido
Logo por “Chã do Carpina”
Esse nome bem combina
Com a sua fundação
Que tem como marco zero
Aquela antiga estação
Que hoje não exerce mais
A sua real função.
Ser casa de diversão
Agora é sua incumbência
Quem foi ao auge da gloria
No inicio da existência
Hoje segue a largos passos
Em rumo da decadência.
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Um ponto de referência
Que todos sabem qual é
Falo do velho Leão
Lá da Praça São José
Mesmo com cento e três anos
Está firme forte e de pé.
Agindo de boa-fé
Ou quem sabe até se não
O leão foi retirado
Para uma restauração
Quando foi recolocado
Inverteu a posição.
O monumento em questão
Ou personagem da cena
Quem nos doou foi o nobre
Presidente Afonso Penna
No tempo em que a cidade
Era uma vila, e pequena!
De forma bastante plena
Carpina aplaude e agradece
A Assis Chateaubriand
Um nome que a engrandece
E o povo com muito orgulho
O exalta, porque merece.
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É grato quem reconhece
Cada um herói consagrado
Um povo que tem historia
Não vai deixar relegado
A o mero esquecimento
Quem lhe serviu no passado
É bom que seja lembrado
E concedido o direito
Portanto faço o relato
Com muito esmero e respeito
Da relação nominal
Citando cada prefeito.
Para surtir bom efeito
Busquei na internet auxílio
E o primeiro governante
Que teve esse domicílio
Foi sem dúvida um coronel
Por nome Ernesto Pompílio.
Dou sequência a meu idílio
De cordel, pois sou astuto.
Depois Carneiro da Cunha
Do cargo fez usufruto
Baltazar Ferreira Pinto
Foi o seu substituto.
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E de modo resoluto
Seguindo nesse caminho
Depois assumiu o cargo
Benjamim Dias Coutinho
E Eurico Gonçalves Guerra
Pôs a cidade em alinho.
Sem ter pedra e nem espinho
Joaquim Guerra assumiu
E o Major Carlos Afonso
Foi quem substituiu.
João Teobaldo de Azevedo
No cargo se difundiu
Depois que João saiu
Pra que desse vez e voz
Aos rumos dessa cidade
O Major Manoel Queiroz
Foi nomeado prefeito
Foi pacífico, e não atroz.
De algum governante algoz
Isso ninguém nem supunha.
Assumiu Hermínio Aroucha
Manoel Tavares da Cunha
Governaram em santa paz
O povo foi testemunha.
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Mas a regra já impunha
Pra que houvesse um renovo
E assim nosso povo ordeiro
Se libertasse do estorvo
Para ter seus governantes
Escolhido pelo povo.
A ideia teve aprovo
De uma forma brilhante
No ano quarenta e sete
Carpina foi triunfante
Votando, e elegendo João
Saturnino Cavalcanti
Então daí por diante
Sempre por vias legais
Elegeu vários prefeitos,
Vou citar mais um dos tais
O segundo dessa lista
José Francisco Morais
Em seguida outra vez mais
Carlos Afonso assumiu
E José Fernando Lobo
Que tão bem contribuiu
José Pereira Cardoso
O seu mandato cumpriu
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Um novo nome surgiu
Para disputar um pleito
Maelbe Batista Ramos
Para o cargo foi eleito
E assim por duas vezes
Mostrou que foi bom prefeito
Com seu trabalho perfeito
Carpina teve sossego
Aqui também fez historia
Manoel Augusto do Rego
Que cuidou bem da cidade
Que por ela tinha apego
Sem haver desassossego
Quem quer vencer não farrapa
Pra preencher esse cargo
Surgiu uma nova etapa
E o candidato escolhido
Foi o doutor Carlos Lapa
Quem faz o bem sempre escapa
Sem ter que guardar segredo
Quem trabalha honestamente
Prestar contas não faz medo
Foi assim que aconteceu
Com o doutor Sergiofredo
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Com a potência de um rochedo
E sem que houvesse empecilho
Ao longo de dois mandatos
Carpina seguiu no trilho
Sob as redias do doutor
Joaquim Pinto Lapa Filho
A cidade ganhou brilho
Reluzente e cristalino
Com o atual governante
Pois assim quis o destino
Que ela alcançasse o progresso
Com Seu Manoel Severino
Eu que fui um peregrino
Vitima da seca temida
Cheguei aqui aos farrapos
Sem um teto pra guarida
Sou eternamente grato
Por ter me dado acolhida
Carpina és minha vida!
Digo sem que haja enganos
Aqui criei a família
Superei antigos danos
E ora te parabenizo
Nos oitenta e quatro anos!
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