A MANIA QUE TENHO...

MOtE E GLOSA: Jailton Antas

A mania que eu tenho de versar

Traz paz na alma e alegra o coração

01

Minha alma me encanta quando eu canto

Pois cantar só me trás felicidade

Manda bem pra distante a saudade

E o sorriso feliz afasta o pranto

Se você também cantar eu garanto

Que sente no peito essa emoção

É gostoso sentir a sensação

Quando o eco da voz nos faz bradar

A mania que eu tenho de versar

Traz paz na alma e alegra o coração

02

Sou feliz em versar de noite e dia

Té sonhando eu estou fazendo isso

No correr não existe compromisso

Que me roube o prazer dessa mania

Cada verso que componho é alegria

Uma frase eu registro inté na mão

Da natureza eu faço a descrição

Sua beleza me ajuda versejar

A mania que eu tenho de versar

Traz paz na alma e alegra o coração

03

É bonito um poeta convencido

Que o papel que ele faz é importante

Cada cordel que o faz é interessante

Sua vida é o assunto preferido

Não importa o que passa ou tem sofrido

Suas rugas são sinais de gratidão

Pois vieram junta a inspiração

E sua vida é um formoso exemplar

A mania que eu tenho de versar

Traz paz na alma e alegra o coração

04

Vem saudade da infância e o que fiz

Pois o tempo apagou de minha mente

Quando lembro fico mal e doente

A distancia me torna infeliz

Ando longe do tempo em que feliz

Eu só temia alma e assombração

Hoje me assusta ao ver televisão

Que o crime é um mal a se espalhar

A mania que eu tenho de versar

Traz paz na alma e alegra o coração

05

Vou cantando o cerrado e as pedreiras

Minha terra, meu lugar, meu aconchego,

A distancia a saudade um chamego

Belos tempos de honrosas brincadeiras,

Coleguinhas da infância, que faceiras,

Perfumavam a vida de ilusão

E eu navego em doce recordação

De um tempo que jamais ira voltar

A mania que eu tenho de versar

Traz paz na alma e alegra o coração

06

Vou cantando um torrão velho esquecido

Por quem deu as costas e não voltou

Nem se lembra de quem tanto o ajudou

Nos momentos de angustias mais sofrido

Nosso mato é um berço tão querido

Por ser seco chamaram de sertão

Sustentou de arroz, milho e feijão,

Todo tempo que ousaram lhe explorar

A mania que eu tenho de versar

Traz paz na alma e alegra o coração

07

Eu não canto o fracasso dos desejos

Dou controle à mente hoje em dia

A vontade não decola na orgia

Nem há lugar pra más obras e traquejos

Mesmo assim canto voltas e manejos

Que me fazem palmilhar na ilusão

Meu verso canta a alma e sua ação

Que não tem cor nem censura no andar

A mania que eu tenho de versar

Traz paz na alma e alegra o coração

08

Canto as léguas de sonhos e ilusões

Que a vida permitiu que eu palmilhasse

A infância não quis que eu ficasse

Enviou-me a adolescência e as ações

Me fez mudar todas minhas reações

E o mundo veio a ser conturbação

Passo a passo só foi inovação

Do menino, só resta o recordar

A mania que eu tenho de versar

Traz paz na alma e alegra o coração

09

E a viola aposentada que um dia

Sustentou a família e o seu dono

Pendurada num prego em abandono

Não é a idade que maltrata, é arrelia!!

Sente falta da boa cantoria

Da voz rouca entoando uma canção

Desce e sobe nas cordas com a mão

Sena triste é motivo pra chorar

A mania que eu tenho de versar

Traz paz na alma e alegra o coração

10

Vou lembrando os romances de outrora

As lembranças das paqueras de infância

Que parece não ter tanta importância

O bom tempo que ligeiro foi embora

Que a malicia era da boca pra fora

E o namoro apertado, só de mão!

O amor era estampado na feição

E o restante só depois de Casar...

A mania que eu tenho de versar

Traz paz na alma e alegra o coração

11

A alegria que sinto é radiante

Nesse mundo que tantos não têm paz

Cada verso que componho só me faz

Que eu seja muito mais perseverante

Desânimo chegando sigo avante

Ao compor me arranca a frustração

Todo verso que leio com atenção

Dos poetas aplanam meu andar

A mania que eu tenho de versar

Traz paz na alma e alegra o coração

...

Jailton Antas
Enviado por Jailton Antas em 20/07/2012
Reeditado em 20/02/2014
Código do texto: T3789042
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