E O FIM DO SÁBIO?
MOTE: DESCONHECIDO
GLOSA: Jailton Antas
Por sábio que o homem seja
Não sabe como termina
01
A sabedoria humana
Às vezes parece incrível
Chega até ao impossível
E nunca se desengana
E nessa luta tirana
Faz desmancha determina
Mas não sabe sua sina
Nem pede que Deus proteja
Por sábio que homem seja
Não sabe como termina
02
Os mais sábios deste mundo
Que acredita em si mesmo
Vivem plantados no esmo
De fantasma e moribundo
Sua idéia não tem fundo
Se a Bíblia não examina
Não crer na força divina
E nem se quer lhe almeja
Por sábio que homem seja
Não sabe como termina
O3
Só pertence ao soberano
A forma do nascimento
Ninguém escolhe o momento
Dia mês ou até ano
Ao crescer padece engano
Pensando que se domina
Quebra a cara diz que é sina
No embaraço só fraqueja
Por sábio que homem seja
Não sabe como termina
04
Um louco muito inspirado
Cantor de muito respeito
Compositor do seu jeito
Raul Seixas é o citado
Falou do mau elevado
Que à mente do homem mina
Em sua vida interina
Vive mau e só solfeja
Por sábio que homem seja
Não sabe como termina
05
Quem vive a vida a curar
Médico, conceituado!
Opera e dar resultado
Faz a ciência enramar...
Muitos a testemunhar...
O avanço da medicina
Mas não faz uma vacina
Pra ter o fim que deseja!
Por sábio que homem seja
Não sabe como termina
06
Fazer muamba e trambique
Vendendo gato por lebre
Ter ódio do seu casebre
Comprar roupa só em butique
Só pra ganância tem pique
A alma se contamina
Nessa tristeza patina
Vai ralando e só arqueja
Por sábio que homem seja
Não sabe como termina
07
Cientista, evolução!
Um engano bem presente
Enganando a toda gente
Não tem crucificação
Andando na contra mão
A Bíblia não examina
A descrença predomina
No altar em que esteja
Por sábio que homem seja
Não sabe como termina
08
E um fiel ter rancor
Num mundo cheio de ódio
É um filme, é episodio!
É como negar amor...
Vai padecer nessa dor
E queimar a pele fina
Sem sono dói à retina
Dessa nação sertaneja
Por sábio que homem seja
Não sabe como termina
09
Um matuto num roçado
Também usa sua fé
Seja o santo que o é
Nunca diz que está cansado
Nem se sente um apenado
Na capela da usina
Se a tradição lhe ensina
Sua reza lhe alveja
Por sábio que homem seja
Não sabe como termina
10
Correr a traz de vidente
Procurar alguém que minta
Com uma alma faminta
E pra Deus ser diferente
E a decepção na frente
Dando de cara na esquina
Mergulhado na ruína
Morre na mesma peleja
Por sábio que homem seja
Não sabe como termina
FIM