A VOCÊ, FILHO DA MÃE!!
O FILHO DA MÃE!!
01
Uma flor desabrochada
É a mãe de todo mundo
É a mãe do internauta
É a mãe do vagabundo
É a mãe do trambiqueiro
É a mãe do aventureiro
Ser mãe é frente e fundo
02
Deficiente oriundo
Ela não enxerga isso
Se o outro nascer atlético
Com saúde e bem roliço
Amamenta nos seus seios
Suportando os devaneios
Cumprindo seu compromisso
03
No dia a dia o serviço
É sempre repetitivo
Dar banho e troca e frauda
Possui um dispositivo
Que encoraja do medo
Só ela tem o segredo
De o amor manter ativo
04
Não basta ser criativo
Pra entender sua sina
Do mesmo ventre brotar
Menino e também menina
Bela fonte de grandezas
Brotando duas naturezas...
Tem natureza divina
05
A fonte não contamina
Só produz do mesmo ser
A natureza do filho
É quem pode descrever
É disso que vou falar
De quem é fonte de amar
Vim depois se entristecer
06
é comum agente ver
Uma mãe desconsolada
Chorando de vez em quando
De face desfigurada
Pois nela perdeu o brilho
Que depois de adulto o filho
Lhe deixou abandonada
07
Tem rugas como faixada
Da trajetória da vida
Tem marcas das madrugadas
Que não deu pra ser dormida
Às vezes trouxe sequela
Da gravidez muito bela
Deixando a alma ferida
08
Mesmo assim torna florida
Essa sua trajetória
As desventuras vividas
Só existem na memória
Não vivencia um segundo...
Nem há interprete no mundo!
Que defina sua história
09
Vejo o fim da sua glória
Por não ser compreendida
Menosprezada dos filhos
Pois devia ser querida
Que maltrata com frieza
Estragando a beleza
De quem lhe deu sua vida
10
Sempre cria uma ferida
Só respeita quando quer
Não chama mais de senhora
Só responde se quiser
Criando seu próprio rito
Tratando ela no grito
Com palavras que vier
11
Já ela não é só se der
Faz comida todo dia
Na hora da refeição
Quer ver tudo em harmonia
Chega um embriagado
Diz esse comer salgado
Pra mim não tem serventia
12
Já outro diz que tá fria
Vai embora pro boteco
Sai na rua descabelado
Parece mais um boneco
Lá come até merda em pó
Num garfo e num prato só
Sem dar um pio nem um eco
13
Bebe no mesmo caneco
O copo cheio de farinha
Um mói de bebo cuspindo
Come a farofa todinha
E quando sai da zoeira
Em casa qualquer poeira
Descarrega na mãezinha
14
É a que não é mesquinha
Pare logo duas peças
Criando do mesmo jeito
Dobradas são as conversas
Deixando de ser menino
Cada um toma um destino
Sendo assim duas trepeças
15
Sofrer dobrados tem essas
Tentando os dois unir
Perde a felicidade
Ser só mãe é o prosseguir
Os gêmeos brigam por nada
E entre a cruz e a espada
Nem jardim se ver florir
16
Nada tem para sorrir
Também não precisa nada
Um bênção mãe na dormida
Um outro na acordada
Alegrava o seu dia
Devolvendo a harmonia
De quem já vive enfadada
17
Inventam data marcada
Ou que data comovente
É aquela euforia
Vou dar a mãe um presente
Se todo dia é seu dia
Dê a ela a alegria
De viver decentemente
18
Doe a ela novamente
O seu brado corrigido
Entregue o mesmo carinho
Que dela tem recebido
Devolva a emoção
De ter dela o coração
Sem nunca te ter fingido
19
Dê a ela o constrangido
Esboço do seu passado
Quela sabe conservar
Num lugar sem ser lembrado
Caia em fim aos vossos pés
Que vale mais do que dez
Presente mal embrulhado
20
Dê a ela o consternado
Braços de arrependimento
Não precisa mais que isso
De amor com sentimento
Lembre dela todo hora
Porque todo filho mora
Direto em seu pensamento
21
Grande é hoje o movimento
Agito em toda a cidade
Comprando presentes caros
É filho de toda idade
Para dar a mãe querida
Demonstração definida
Da falsa fidelidade
22
Muitos fazem sem maldade
Comprando um presente caro
Pra pagar em muitas vezes
Isso eu sei que não é raro
Só lhe alegra nesse dia
Prossegue na grosseria
Lhe negando seu amparo
23
Aumenta o desamparo
Tapa o sol com a peneira
Vai tentar lhe alegrar
Ela sabe é só poeira
No fundo do coração
Ela te dar o perdão
Não conhece outra maneira
24
Assiste toda zoeira
Recebe com alegria
E chora emocionada
Mais se pudesse dizia
Tu és o que eu quero tê...
... Dou parabéns a você;
Que só tem mãe nesse “DIA”
FIM