A falta de um motel
01
O pobre não direito
Isso é fato percebido
Se de tudo é excluído
Te seus passos tem defeito
Seu senhor é o prefeito
Que lhe dar de um tudo
Se é pra falar esta mudo
E se cala perde perde o jogo
Chei de cravo sem ter gogo
Na defesa eu não desgrudo
02
Se der pra ajudar ajudo
No que me chama atenção
Vou formando opinião
Só no erro não me iludo
Em sua defasa eu grudo
Falando a bem da verdade
Usando a sinceridade
No mundo em que vivemos
Se convém nos desfrutemos
Te onde não tem maldade
03
Se hoje a grande cidade
O cinema ainda existe
Tem motel pra quem tá triste
vejam a variedade
A grande sociedade
Tem inté tecnologia
Tem sinais em rodovia
Um bom monitoramento
Em outros é sofrimento
Muito serio hoje em dia
04
A conotação macia
Que no pensamento vem
É de um interior que tem
Crescimento em minoria
Um shou só de cantoria
Até alta madrugada
Ou uma banda fadada
Que ninguém mais quer ouvir
Basta apenas divertir
A meiga rapaziada
05
Na cidade recantada
Lá no final do estado
O povo hoje educado
A escola é bem tratada
Pra quem já foi isolada
Tá bastante diferente
Tem inté igreja de crente
E crente lá tem também
E o que não tinha hoje tem
Causando pavor na gente
06
No assunto pertinente
Versando o que é verdade
Nessa pequena cidade
Tem coisa de antigamente
Um namoro num batente,
Num pé de muro escondido
O rapaz mais que atrevido...
Faz tudo sem ter maldade
Já exerce atividade ....
Mesmo sem ser permitido
07
Isso já foi ocorrido....
Agora não pode mais
A mudança foi demais
Pois tá tudo protegido
"Com a santa ter sumido"
E nunca mais ter voltado
Tá tudo monitorado
Com câmaras de segurança
Mais ninguém louva a mudança
Mesmo sendo vigiado
08
Se um casal de namorado
Se beijava na esquina
A mocinha bem menina
Depois do beijo beijado
Procurava um reservado
Que se sentir-se seguro
Bastava um lugar escuro
Que lá mesmo resolvia
Quando amanhecia o dia
Tudo ficava obscuro
09
A festa no pé de muro
Era uma coisa normal
Farol focar um casal
Querendo fazer um furo
O rapaz de pinto duro
Ela a saia levantada!
Precisa dizer mais nada?
Como era a alegria
E o final da fantasia
Era à beira da estrada....
10
Já a mulher mal amada
Sem amar toda esquisita
Recebia uma visita
Nem que fosse madrugada
Mesmo a rua clareada
Inte pelos fundo ia
Desfaçada conseguia
Um garanhão destemido
Que bem cedo era aplaudido
Por amigos que sabia
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Se o marido nada via
E também não tinha prova
Se a mulher fosse nova
Boca miúda dizia
Pois bem feito fez “Maria”
Pois fulano é cachaceiro...
Era aquele converseiro...
De médio ou longo percurso,
Que favorecia ao urso,
Do esposo um companheiro!
12
Que passa o dia inteiro
Só cuidando da beleza
Bom almoço, sobre mesa!
Como um galo num terreiro
Seja casado ou solteiro
No lugar do farrapão
Que deixa a mulher na mão
Sua dama tão querida
Passa então ser pretendida
Do famoso Ricardão.
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O que me chama atenção
É que tudo teve fim
O que era bom tá ruim
E não tem comparação
Cada esquina um olhão
Quem é bem monitorado
Onde não tem delegado
E nem tem delegacia
Imaginem quem vigia
O computador ligado
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Nem também é o saldado
Pois lá ele não tem vez
Todo preso é um freguês
Do poder organizado...
Um boneco bem fardado
A serviço do prefeito
Homem honesto e direito
E pru cima respeitado
Que por fim será citado
Pelo serviço perfeito
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Projetou tudo com jeito
A ideia é inteligente
Filmando todo ambiente
São José vai ter respeito...
Quem ficou insatisfeito
Vai ter que farrlar no mato
Não pode mais feito gato
Namorar no meio da rua
Nem becos ter gente nua
Pois agora é desacato
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Quem comia fora do prato
Está de orelha em pé
Quem andava sem ter fé
Na surdina era o rato
Não rouba nada de fato
Lá tá tudo diferente
Tá saudável o ambiente
Graça a tecnologia
Que filma de noite e dia
O movimento da gente
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Quem for urso que aguente
A gaiêira se conforme,
Que o vídeo nunca informe
O ato do displicente
Se punir o delinquente,
A ação vai ser louvada...
Vai dar família rachada
Dos dois lados ofendidos.
Como também os bandidos,
Que não podem roubar nada!
18
Essa Maria citada
Nada tem com as mulheres
Me desculpe se houveres
Ofensa demasiada
Toda historia narrada
Tá expondo a harmonia
De quem chora todo dia
Relembrando seu torrão...
Pois mais vale o pé no chão
E a nossa sintonia....
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Parabéns pra o vigia
Das câmaras tão faladas
Pois estão bem instaladas
Isso me traz alegria
Nunca use a covardia
Trate todo mundo igual
E vendo algo anormal
Verifique a intenção....
Deixe ao menos o plantão
Do urso correr normal!
20
Deixe quando for natal,
Papai Noel dar presentes,
Mascaras cruzar batentes,
Nos dias de carnaval
Deixe o bem vencer o mal
Socorrendo o infeliz
Te sarar a cicatriz
Ou uma magoa pendente,
Dê prazer a essa gente
Que sonha viver feliz!!!
Jailton Antas