A MINHA PEQUENA CIDADE DO INTERIOR
UM SIMPLES RELATO!
01
São José Cidade Linda
O berço da minha infância,
Sofrendo cá na distancia
A saudade nunca finda,
Contudo me lembro ainda
Da Serra da Lagoinha,
Que brilha quando o sol bate,
Cão caçando acôa e late,
Antes que a morte me mate,
Volto pra minha terrinha.
02
Onde canta a rolinha
Já cantou o azulão
Hoje lá não canta não,
Não existe mais festinha
Cantavam de tardezinha
Mãe-da-lua e o vém-vém,
Xofréu, rasga-mortalha,
O ‘fura’ que a terra espalha,
E em buraco se agasalha,
Sem ter medo da quenquém.
03
Cadê aquele vém-vém
Que cantava lá no oitão,
Parecia de plantão
À espera de alguém
Sua voz sumiu no além
E não mais se repetiu
Não sei se ele mudou
Voltei lá, e não cantou,
Minha mãe não me esperou,
Pois o sinal não ouviu.
04
Na pressão de lá sumiu
A pinta-silva também,
Seu cantar igual não tem
Ninguém nunca lhe assumiu,
Lutou mais não resistiu
Ela alegrava o sertão!!
De tanto ser perseguida,
Aprisionada e vendida,
Sem o direito da vida,
Hoje está em extinção.
05
Vem-me a recordação
O São José sendo vila
Que a moça enfrentava fila
Pra entrar lá no salão
Casal pegado na mão
Num namoro de respeito
No Céu subia o balão
No estrondo do foguetão
Com festa lá no salão
Sem existir preconceito
06
Sofro com a dor no peito
Com o que vivi na infância
O que ninguém da importância
Eu recordo satisfeito
No meu sofrer aproveito
Pra recordar do passado
Me entristeço por saber
Que nunca mais eu vou ver
Minha Cidade fazer
Leilões de capão assado
07
Ver o matuto animado
Fazer sua doação
Se não tivesse um tostão
Ganhava no alugado
A tradição um legado
Que seguia por inteiro
Tudo isso e muito mais
Se via nos nosso pais
Saudade eu sinto demais
Pois a final sou herdeiro
08
Na festa do Padroeiro
A Santa quem tinha fama
Lá não existia drama
Pra se arrecadar dinheiro
Doação do fazendeiro
E até o menor que tinha
Faziam festa de arromba
Sobre o estouro de bomba
E ninguém levava tromba
O lucro dava a Santinha
09
Doação de longe vinha
Era aquele mutirão
Peru, guiné e capão
Costume que o povo tinha,
Se só tivesse galinha
Doava com emoção
Outro trazia em mochila,
E depois seguia em fila,
A padroeira da vila
A “Virgem da Conceição”
10
Depois iam pro salão
De Duda chapéu de palha
Mereceu uma medalha
Com sua contribuição
Não vou esquecer Seu Dão
Da Igreja fez morada
Cuidando e zelando dela
Limpando e caiando ela
Sua obra foi a mais bela
Da Vila aqui recordada
11
Eu sei que levou pedrada
Suportou o maldizente
Fez um papel coerente
Educou a meninada
Muitos filhos na bancada
Pra o sustento a rocinha
Por cima de pedra e toco
Numa casa sem reboco
Sem reclamar de sufoco
Quem falou foi vó Liquinha
12
Lembro a professorinha
O meu nome ensinando
Letra por letra mostrando
Pegando em minha mãozinha
Não era lá tão velhinha
Seu ensino de primeira
O nome era Luzia
Se eu a encontrar-se um dia
Sentia grande alegria
Com emoção verdadeira
13
O recreio e a brincadeira
Bem na entrada da rua
Onde a meninada nua
Se banhava sem torneira
E ali faziam fileira
Banho esse o mais completo
Na Vila pequenininha
O banho era a festinha
Que a meninada todinha
Tinha como predileto
14
Nada estava incorreto
A não ser a água suja
Minha tese se refulja
Acentuando o correto
Um cacimbão bem completo
Com tijolo e cimento
Na água muita nojeira
Quem fazia a seboseira
Tinha água de primeira
Inclusive pra o sustento
15
Lembro também de um jumento
Ao lado do cacimbão
Se espojando no chão
E expondo seu armamento
Sofrendo aquele tormento
Sem subir na escadinha
Enfeitava a bela rua
Com aquela espada nua
E a verdade nua e crua
Não dei uma enfeitadinha
16
Se pegasse a jumentinha
Isso lá virava festa
Jumento com a molesta
Naquela tara ferrinha
Quem tava distante vinha
Ver a jumenta gemendo
Era aquela estripulia
Com o que o jegue fazia
E na maior gritaria
Alguns ficavam roendo
17
Pelo fato de esta vendo
A jumentinha a sofrer
Tinha homem sem querer
Ver aquilo acontecendo
E o fim da festa ocorrendo
Vibrava o jegue rinchando
E os pretendentes da dita
E quem fazia visita
Não vou citar nessa escrita
Mas inda acabo falando
18
Quem tá lendo e acompanhando
Vai lembrar Zé de Jacinta
Com grande faca na sinta
Com Nilta lhe rodeando
Muita cachaça tomando
Saía pra casa aos tombos
Caia pelo caminho,
E Zé com muito carinho
Pegava-lhes com jeitinho
Deixava em casa nos lombos
19
Pra evitar os catombos
De quem caia sem sentir
De tanta cana ingerir
Com a pele cheia de rombos
E quase expondo os trombos
Sempre tinha um companheiro
E Zé era um pretendente
Não era muito atraente
Mas pra quem tava demente
Ele era um cavalheiro
20
Na boca de fofoqueiro
Nilta já era fuçada
Quando caia em calçada
O que chegar-se primeiro
Comia, e por inteiro,
Lhe soterrava o ‘tubinho’
O velho Zé reclamava
Quando pra casa levava
Com terra e tudo enrabava
Ainda pelo caminho
21
As platéias esperavam
O retorno ‘Do’, herói
Já velho ordeiro e boy
E todos lhes respeitavam
Afoitos lhe perguntavam,
Se a festa estava boa?
Respondia o saciado!
Que tava ruim o danado
Pois eu cheguei atrasado
Tinha terra inté na proa
22
Vacilona e já demente
Voltava à rua de novo
E Zé lá em meio ao povo
Lhe avistava de repente
Dum bolso tirava um pente
Óculo escuro também
Puxava a faca pra frente
E mostrando ser valente
Tava agora experiente
Dessa vez comia bem
23
E Zé bigode de ouro
Com sua cana pesada
Bebia até madrugada
Resistente igual um touro
Por ter o bigode louro
Ganhou o nome citado
Roendo e cantando assim
Tem gotêra pinga em mim
Pinga em mim, pinga sim!
E os olhos avermelhado...
24
Relembro o pobre coitado
Faz anos que eu não o vejo
E se toma caranguejo
Ou já tá aposentado
Cachaça tem aleijado
A vida de muitas gentes
Pessoas vivem sofridas
Viciadas nas bebidas
Assim estragam as vidas
Sendo delas dependentes
25
Família e suas brigas
Que era muito frequente
Não importava o sol quente
Um costume das antigas
Aguavam suas intrigas
Defendendo a causa sua
Se começasse nos quartos
Lá na moradas dos ratos
Fracos pagavam os patos
Findavam no meio à rua
26
Coitada da prostituta
Todo mundo a ignorava
O sério repudiava
Tratando como astuta...
Nas escondidas da gruta
Faziam suas festinhas
A dita mulher falada,
A noite era amada,
E fila era formada
Sem precisar camisinhas
26
O tempo gasta e dissolve
Reflexo de antigamente
Mas lá naquele ambiente
Só na briga se resolve...
Quem lá não tinha um revolve?
E do cabo de imbuá
Não que fosse só pra briga
Tivesse ou faltasse intriga
Sem comida pra barriga
Mas revolve! Tinha lá!
27
Matuto descia a serra
Cum revolve e peixeira
Não era pra brincadeira
Parecia ir pra guerra
Botinas cheias de terra
Um gravadorzim a pilha
Invadiam São José
De bike, burro ou a pé
Enchia a cara de mé
Cachaça, dréa, e‘montílha’
28
Na hora mais desejosa
No auge da brincadeira
Voava numa cadeira
A fera mais corajosa
Pra reivindicar da prosa
Que soltaram sem pensar
E era aquela euforia
Brilho de faca se via,
E o do revolver dizia:
Parado! Vou atirar....
29
Parecia exposição
Com tanta arma bonita
Todo mundo se agita
Na maior agitação
E no fim da confusão
Mais de hora em sufoco
Guardavam suas peixeiras,
Baixavam suas cadeiras,
Dos revolves, é besteiras!
Findava sem tapa e soco
30
No meio desse incidente
Lembro homem de presença
Honrado desde nascença
Tinha nome diferente
Alegre e sorridente
Em São José o maior
Sendo ele dos Cordeiro,
Era honesto e ordeiro,
Não sei do seu paradeiro,
Nem onde anda o Major
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Cadê Tico de Aurora
Que deu as costas e partiu
Fez plano e assim sumiu
Com desgosto foi embora
Onde está eu sei que chora
Como aqui choro também
Faz parte da nossa vida
Da forma que é decidida
Tem que ser compreendida
E a recordação faz bem
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Certo fez Abel de Quinca
Se o Santo não lhe cabia
Mudou, se foi pra Bahia!!
Terra estranha não se brinca
Mas de lá depois fez finca
Voltando pro lugar seu
Deu duro e até serão
Plantou lá milho e feijão
Mais voltar pra o torrão
Só quando o Santo cresceu
33
São José foi importante
Teve açougue, feira em rua,
Capilé na mesa nua...
Um circo interessante!
Homem sério com amante,
Se descobertos fugiam...
Com vergonha da fraqueza
Sumiam da redondeza
Isso lá já foi grandeza
Não se faz como faziam
34
A cacimba do angico
Água doce na nascente
Aquele alto batente
Devagarzinho eu explico
Fosse pobre, fosse rico
Tinha que se servir dela
Lavar roupa e cozinhar
Tomar banho, se banhar...
E vi menino apanhar
Por jogar sujeira nela
35
Antonio Jorge, a bodega,
Pra vender de tudo tinha
Só ele e Zé de Cabrinha
Com as musicas de brega
Diferente fez Cadega
Indo embora muito cedo
Fez rancho em Serra Talhada
Gostando lá fez morada
E sua terrinha amada
Ninguém descobre o segredo
36
Pessoas foram embora
Expulso não sei por quê
Explicações não se vê
Se some de estrada a fora
Sentem saudades e chora.
Pois não ha nervos de aço
Pra regressar fazem planos
Saudades que vem de anos
A distancia causa danos
Mas nela não ha espaço
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Estudou pra se formar
Um médico ou engenheiro
Ainda falta o primeiro
Todos podem confirmar
Chegando a se diplomar
Sonha em ir pra São José
Mas nunca abrem concurso
Diferente é o percurso
Retorna com seu recurso
Culpado não sei quem é!...
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São José já viveu bem
No tempo em que era Vila
Meninos jogavam bila
E os rapazes também
Digo até quem tinha e tem
Tradição honra e poder.
Descendentes de Matuto
Que regem com estatuto
Tem domínio absoluto
Do chão que me viu nascer
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Controlam a prefeitura
De caba rabo comandam
As finanças não desandam
Tesoureiro é na altura
Pro pobre não tem frescura
Solução pra todo mundo
Assim se mantém na fama
Na riqueza se esparrama
Deita e rola sem ter cama
Matuto é frente e fundo
40
Sobre a família honrada
Só falo com permissão
Descreverei sua ação
Em historia bem narrada
Tudo a troco de nada
Só pra ficar em arquivo
Num museu lá no futuro
Mostrar que um Matuto duro
Deixou o nome seguro
Um “Morto”! ‘Pra todos vivo’
41
Falando dos delegados
Da cidade em construção
Sem ganhar nem um tostão
Prendendo só os errados
Os nomes serão narrados
Serve de recordação...
A lembrança está presente
Do carequinha influente
Parecendo ser valente
O Antônio Zé de Tião
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Com pistola ou trinta oito
Ou a arma preferida...
A todo povo intimida
Delegadinho afoito
Prender maior de dezoito,
Ao menor fazer assombros
Ignorância absoluta
Sozinho encarava a luta
Com maneira grossa e bruta
Eliminava os escombros
43
Delegado noite e dia
Um forte comerciante
E ainda tinha o volante
Seu sustento defendia
Quando um frete aparecia
Pra outro lugar distante.
Delegado se mandava,
A ordem que o mesmo dava,
Na viajem ia e voltava
Pois lhe temia o errante.
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Entrava e saia ligeiro
Não precisava concurso
Fazer redação ou curso
Era um cargo passageiro
Não se ganhava dinheiro
Valia mais a patente
O delegado esnobava
Como um soldado andava
Mais três patente ocupava
Cabo, sargento e tenente
45
Filho de Dôca, o China!
Foi delegado também
Valente! Homem de bem
Respeitado! Trouxe a sina
Na cidade pequenina
Fez a ordem vigorar
Pondo os pingos nos is
Sem reclamar dos ardis
O povo bravo feliz
Dormiam sem reclamar
46
O forte João de Aurora
Também foi um mandatário
Foi marcado em calendário
Seu esforço de outrora
Onde morou ainda mora
Afirma o que estou dizendo
Respeitado e inda é
Ninguém pisa no seu pé
Orgulho pra São José
Foi e continua sendo
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Família tradicional
Como a de seu Zé Braz
Muita moça e um rapaz
Que foi manchete em jornal
Foi Dudu o principal
Pivô da evolução
A sua luta aguerrida
Queria a terra querida
Bonita e cheia de vida
Tratada como nação
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De nome José Ferreira
Lopes por assinatura
De onde vem à mistura
Da família pioneira
Bezerra vem sem canseira
Da inicio a São José
Zé Ferreira o Dudu
Ainda tinha Tutu
Na cachoeira um Zuzú
E o grande Zé de André
49
Poucos tinham profissão
Emprego nem se falava
Quem vendia ou comprava
Morava na região
Crescendo na lentidão
Traçando meta e trilha
Tinha família bacana
Um corria atrás da grana
Outro metido na cana
Ao som dum rádio de pilha
50
Lembrando Frei Mariano
Frei Terezo e Cirílo
Frei Alberto mais tranqüilo....
Um grupo de franciscano!
Seu Dão mostrando o plano!
Reformando a Capelinha,
Fazendo a arrecadação
Juntando cada quinhão
Fazendo jus a função
O zelador da igrejinha
51
Frei Mariano rezava
A missa em São José
Menino, homem, muié
Pros assentos que não dava
Pra ofertar convidava
Numa cesta boca aberta
Primeiro as criancinhas
Depois rapaz e mocinhas
Homens idosos, velhinhas,
Vinham deixar sua oferta
52
Ouve antes do citado
Ainda outro vigário
Como o bravo Frei Anscário
Não se mostrava cansado
Em uma mula montado
Não tinha lugar distante
Nem existia sol quente
Que fizesse o emitente
Deixar de ser combatente
Ou fraquejar um instante
53
A mula era o transporte
Ensinada no capricho,
No aperto do rabicho
Mostrava que era forte
Do vigário era a sorte
Serra a baixo ou acima
Se cachoeira descia
Pra o livramento subia
Belota quem conduzia
Independente do clima
54
Mané Vigó arranchava
O pouso era freqüente
Um banho frio ou quente
O vigário ali tomava
Se sozinho não andava
Pra ela tinha arrancho
Banho comida e ração
Na casa de oração
Belota e o Capelão
Eram bem vindos no rancho
55
Malicia não existia
O padre pouco falava
Somente a missa rezava
E casamento fazia
Os conselhos repetia
Pra que o povo aprendesse
Assim era respeitado
Fosse civil ou fardado
Tinha seu nome honrado
“Um santo, um homi dêsse!!”
56
E a menina da gostava
De ver coisa interessante
Mesmo não sendo importante
Mais tudo admirava;
A bomba que desgostava
O cacimbão pra limpeza
Corriam pra ver de perto
O banho lá era certo
Pareciam num deserto
Numa fonte de surpresa
56
Um cachorrinho valente
Mostrando a brabeza sua
Mesmo no meio da rua
Engatasse de repente
No instante enchia de gente
Assistindo a cena bela
A meninada gritando
Homem, mulher, espiando!
E outros atrapalhando
Jogando areia na cadela
57
Mais se fosse um asinino
Mostrar o instinto paterno
A mula via o inferno
Em meio a tanto menino
Cachorro só era um pino
Todo mundo admirava
Imaginem um jumento
Agir naquele momento
Sem dó e sem sentimento
O desespero que dava
58
Homem véi se misturava
Com meninos na zoeira
No meio da brincadeira
Todo mundo se gostava
Quem de fora visitava
Às vezes nem ia embora
Arranjava um casamento
Fazia seu juramento
Mais valia o sacramento,
Que um sim da boca pra fora
59
Benami foi adotivo
São José lhe adotou
Com Dudu se ajuntou
Tinha o mesmo objetivo
Ninguém vos dava incentivo
Mesmo assim não desistiram
Parecia junta de bois
Na esperança de um depois
Unha e carne, eram os dois!
Do modo em que se uniram
60
Dudu dizia eu me lasco
Com Benami no combate
Ouro do mesmo quilate
Perfumes do mesmo frasco
Pé no chão que vire casco
De baixo a cima de serra
Percorrendo a região
Conferindo a divisão
E assim mostrando a razão
Da divisão dessa terra
61
Dudu quase que endoidece
Um deputado foi contra
Mas logo um apoio encontra
Nominando, compadece!!
Sua ação logo aparece,
Um filho da região
Aluisio ficou fora
Deputado mas ignora
Banami a pinga explora
Aguardando a conclusão
62
Ligavam pra os deputados
Tentando achar interesses
E achando! pedia a esses
Ficavam envergonhados
Dois políticos afamados
Que a região possuía...
Um do outro diferente
Um atrás outro na frente
Um mente outro desmente
E a cidade não saía
63
Criaram Lá uma lei
São José teve direito,
A vereadores, prefeito,
Só Mariz lutou, eu sei,
E Dudu tornou-se rei
De reinados consumidos...
Benami só fez votar
A luta foi exemplar,
Esses que estou a narrar
Ainda são esquecidos.
64
Narrar os acontecidos
Do meu querido lugar
Nunca irei terminar
Lindos fatos ocorridos
Estes foram exprimidos
Num resumo de saudade
As vezes exagerando
Outras vezes comparando
E o certo é registrando
Em histórico a cidade!!