CADA PÁSSARO QUE CAI NO ALÇAPÃO SILENCIA UM CANTOR NA NATUREZA!!!

Mote do poeta Onildo Barbosa exposto na comunidade "Cabana da Poesia" no Orkut.

(Glosas de Carlos Aires)

CADA PÁSSARO QUE CAI NO ALÇAPÃO

SILENCIA UM CANTOR NA NATUREZA!!!

O que priva da plena liberdade

Um pequeno e frágil passarinho

Tira a vida também do filhotinho

Que sem culpa ficou na orfandade

Pense antes que faça essa maldade

Com a vítima inocente e indefesa

Quem agir consciente com certeza

Não coloca uma ave na prisão

Cada pássaro que cai no alçapão

Silencia um cantor na natureza!!!

Se o homem maldoso tem prazer

Em manter uma ave em cativeiro

Pra trocá-la por mísero dinheiro

E fazê-la sem culpa padecer

A coitada de certo irá sofrer

A saudade do campo e da devesa

Onde a vida era farta de beleza

Hoje é magoa tristeza e solidão

Cada pássaro que cai no alçapão

Silencia um cantor na Natureza!!!

Observe um pássaro na gaiola

Que está preso sem ter necessidade

Na clausura detido atrás da grade

Não é mais como era gabarola

A comida que ingere é por esmola

Bebe água repleta de impureza

Sem o gosto daquela da represa

Ou da fonte que tem no ribeirão

Cada pássaro que cai no alçapão

Silencia um cantor na Natureza!!!

Uma ave retida mais parece

Que da vida feliz perdeu o lume

Está envolta na sombra do negrume

Já não vive, vegeta e só padece.

Das belezas da mata não esquece

De que volta pra lá não tem certeza

Mas o homem com sua malvadeza

De mantê-la detida faz questão

Cada pássaro que cai no alçapão

Silencia um cantor na Natureza!!!

Patativas, canários, sabiás

Papagaios, araras, e cancões

As craúnas, campinas e azulões

Curiós, caboclinhos e outro mais

Além disso, são tantos animais

Vitimados sem dó pela vileza

Do humano que em busca da riqueza

Só devasta e não faz preservação

Cada pássaro que cai no alçapão

Silencia um cantor na Natureza!!!

Quando as aves são preesas por maldade

Fica as matas tristonhas, tão caladas

Os encantos das nossas madrugadas

São quebrados sem ter sonoridade

O silencio soturno é quem invade

Com um ar langoroso sem firmeza

A aurora perdeu toda beleza

Sem gorjeios saudando o seu clarão

Cada pássaro que cai no alçapão

Silancia um cantor na natureza!!!

Faço apelo com muita veemência

Pra quem pensa em aprisionar

Uma ave, primeiro avaliar

O transtorno que causa em consequência

Com seu ato insano de imprudência

Vai deixando um rastro de tristeza

As sequelas de sua malvadeza

Deixa a marca cruel da ambição

Cada pássaro que cai no alçapão

Silencia um cantor na Natureza!!!

Carlos Aires 17/04/2012