CARTA AO POETA ZÉ DE SOUZA - Mini Cordel Matuto
CARTA AO POETA ZÉ DE SOUZA...
Mini Cordel
Autor: Bob Motta
N A T A L – R N
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Zé de Souza, eu fiquei triste,
cum a sua opinião,
qui prá Deus, é traição,
o meu verso “fescenino”.
E mode me defendê,
dessa sua acusação,
faço essas cumparação,
sobre uis vate nordestino.
O qui é qui tu me diz,
sôbre Moisés Sesyom ?
Êle era um poeta bom,
ô seus verso era lambança ?
João Paranho e Antôin Maríin ?
Arresposte aí, meu fíi.
E o qui tu diz do teu tíi,
o véio Belarmino de França ?
E sôbre Onézimo Maia,
o qui tu tem a dizê ?
De João Furiba, você,
me arresposte, o qui é qui diz ?
E de Otacílio Batista ?
E seu irmão Lourival ?
E Lôro Branco, qui tal ?
De todos, fui aprindiz.
Mais, apesá de tristonho,
meu fíi, quero lhe dizê:
Bato páima prá você,
qui desceu in n’eu a vara.
Num guardo mágoa ô rancô;
tu nem me induziu à ira,
nem fêiz qui nem uis traíra,
falô prá eu, cara a cara.
Mais Zé, quero lhe dizê,
qui cuntinuo iscrevendo.
Deus me deu o “Dom” dizendo,
prá eu nunca fugi da luta;
ciente qui eu num o traí,
qui eu sigo à risca, o refrão,
qui só inziste palavrão,
na mente de quem iscuta.
Deus sabe qui num é pecado,
dizê o nome, eu caiculo,
seja científico ô chulo,
de tudo o qui Êle criô.
Véio, véia, hôme ô muié,
in minino ô in minina,
tudo é Criação Divina,
qui Êle, in nóis, incolocô.
Sô matuto disbocado,
porém, num sô traídô.
E sempre, a Nosso Sinhô,
m’intrego in verso e oração.
E purisso, meu irmão,
vejo sem ilusionirmo:
NO FALSO PURITANIRMO,
TÁ IMBUTIDA A TRAIÇÃO...
Autor: Roberto Coutinho da Motta
Pseudônimo Literário: Bob Motta
Da Academia de Trovas do RN.
Da Un. Brás. De Trovadores-UBT-RN.
Do Inst. Hist. E Geog. do RN.
Da Com. Norte-Riog. de Folclore.
Da Um. Dos Cordelistas do RN- UNICODERN.
Da Ass. Dos Poetas Populares do RN-AEPP.
Do Inst. Hist. E Geog. Do Cariry-PB.
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