Quem ajuda um viciado dá socorro a um inocente

01

A vida é pra se gozar

Da pureza que oferece

Quem a Deus não agradece

Não conhece o verbo amar

Quem souber aproveitar

Vive uma vida descente

Não briga se for valente

Nem cai e fica prostrado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

02

Quem ajuda ao semelhante

Fazendo o que a Bíblia diz

Com um semblante feliz

A quem o estado pedante

Sofrendo um extravagante

Delírio dentro da mente

Não sente que está doente

Mesmo sendo um depravado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

03

Ao ver um filho de Deus

Na sarjeta da bebida

Por uma estrada perdida

A vida que Deus lhe deu

Já investe usando os seus

Os meios convenientes

Tenta salvar o demente

Deus o tem por aprovado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

04

Quando eu falo das bebidas

Quem bebe não tem vergonha

Diferente da maconha

Usada as escondidas

Cachaça não faz feridas

Mas tira o senso da mente

Eu classifico doente

Quem se encontra nesse estado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

05

Quem estuda e aprende a ler

Sabe as quatro operações

Ler historia e faz sermões

Meu mote vai entender

Não adianta o saber

Se não for inteligente

Junto a outros em corrente

Salvar o despreparado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

06

Quem prova o primeiro gole

E sabe o que esta fazendo

Mas o cérebro morrendo

Muitas células nem bole

E o duro se torna mole

Consumido o aguardente

Saúde não mais se sente

Se resume em um drogado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

07

Para um mal desse tamanho

Um dia ser combatido

Enxergue o destruído

Sendo parente ou estranho

Limpe ele dê um banho,

Aconselha ao indigente!

Faça mesmo diferente

Ver que o mal tem lhe segado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

08

Seja ele agricultor

Ou mesmo quem tem mansão

Não importa a graduação

É do caipira ao doutor

Ele não escolhe a cor

Nem quem vive independente

Do mundo lhe torna ausente

Depois de ter dominado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

09

Quem ver um pai solitário

Seja o pai de quem for

Chegue junto sinta a dor

Nunca se mostre ao contrário

Procure ser solidário

Não fuja do ambiente

Quem faz isso é competente

Vai ser bem recompensado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

10

Se for filho de “uma égua”

Ou “bebo desmantelado”

“Falador e enjoado”

“Perturbador sem dar trégua...”

Já foi reto, feito régua...

Perturba quem ver na frente

É corajoso e valente

Por um triz tem escapado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

11

Quando vai chegando fim

Do herói que fracassou

O coração disparou

Declínio começa assim

Toda comida é ruim

Seja fria ou fervente

E café nem frio ou quente

Tem o estômago aceitado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

12

Tem aquele que até luta

Pra deixar a bebedeira

Começou com brincadeira

Ta, verdade absoluta!

Um nome de “fí da puta”

Sem “veigonha e dependente”

Fracassado e decadente

Cada vez mais fracassado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

13

Se o vizinho diz que gosta

E bebe só por esporte

Diga: não existe forte!

A derrota está exposta

Reagindo se desgosta

Com esse esforço da gente

Vira atleta inconsequente

Vai ser do mundo afastado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

14

Todo ele quer parar

Promete mundos e fundos

Se confessa em um segundo

Quando a mulher quer deixar

Não tem força pra largar

Fica sem graça o ambiente

Faz promessa novamente

Ficando mais desgastado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

15

Vou falar do meu parceiro

Que com migo andava junto

Complementando esse assunto

Meu irmão por derradeiro

Na bebida um companheiro

Não agüentei seu batente

Fui morar noutro ambiente

Deixei o vicio de lado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

16

Mostrei o mal cometido

Doenças que contraiu

Se olhando nada viu

Chamou-me de intrometido

Xingou de nego metido

Senti-me intransigente

Mesmo sendo divergente

Não fiquei ali parado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

17

Senti tamanha tristeza

Ver o meu irmão morrendo

Convulsões lhe ocorrendo

Lá no centro de Princesa

Se eu na minha esperteza

Não ajudasse o dormente

A quem já foi tão ciente

Mais nada tinha deixado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

18

Me comovi por inteiro

Perdendo horas de sono

Ao ver-lhe no abandono

Sem tino e nem roteiro

Gastando todo o dinheiro

Seu caráter displicente

Quis ajudar realmente

Foi assim o combinado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

19

Rompi a força da pena

Do medo e da parceria

Marquei a data, e no dia!

Lamentei da triste cena

Sua família pequena

Dois filho e a mãe somente

Juntei homens fortemente

No convívio preparado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

20

Meu coração se partiu

Lhe tirando do convívio

Mas apostei no alivio

A família permitiu

Quem de lá sempre saiu

Só pra beber aguardente

Do que era dependente

Tava triste seu estado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

21

Resgatei o meu irmão

Como que na força bruta

Como se leva uma fruta

Com carinho em plena mão

Pra cortar a reação

Dei-lhe pinga novamente

Usando forma indecente

Melhor que ficar parado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

22

Eu não fiz nada sozinho

Amigos nos ajudaram

Pois muito que lhes mostraram

O troncho do seu caminho

Família e até vizinho

Pra ajudar o combatente

E o seu desejo latente

De beber virar passado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

23

Não foi fácil de trazer

Porque ele estava bom

Porem logo entrou no tom

Com três doses a beber

Não fez nada sem saber

Aceitou de sangue quente

Não deu uma de valente

Depois que ficou bicado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

24

Internei o meu irmão

Pra tratar da diabete

Pois essa já compromete

Lhe deixando sem ação

Também o seu coração

Pressão baixa estava ausente

E a alta bem frequente

Deixando-o debilitado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

25

Registrei o fato em prosa

E aos amigos dedico

Pedindo eu até suplico

Que fujam da poderosa

Pra viver um mar de rosa

E ser feliz entre as gentes

Não é preciso aguardentes

Pra ter nervo controlado

Quem ajuda um viciado

Da socorro a um inocente

26

Já vejo o bom resultado

Alivio nas atitudes

Imagino as virtudes

Lavando o que está manchado

Tirando tudo estragado

O novo homem presente

Novo plano, nova mente

Fugindo do seu passado

Inda lembra, um viciado!!

Mas não é mais inocente!!

Jailton Antas
Enviado por Jailton Antas em 13/08/2011
Reeditado em 09/12/2023
Código do texto: T3158422
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