IMPASSE ENTRE O HOMEM E A NATUREZA!!!

IMPASSE ENTRE O HOMEM E A NATUREZA!!!

Veja a indignidade

De nós, os seres humanos

Depredando a natureza

Trazendo terríveis danos

Pra nossos próximos parentes

Que já nascerão carentes

De ar puro pra respirar

Além doutros desmantelos

Gerados pelos degelos

Que sobem o nível do mar

Hoje as calotas polares

Derretem as suas geleiras

E as águas dos oceanos

Aumentam de tais maneiras

Que parece até castigo

Oferecendo perigo

Para toda humanidade

Nos atirando a sarjeta

E entregando o planeta

Nas mãos da adversidade

E os que defendem a natura

Pra morte estão condenados

Irmã Dorothy, Chico Mendes

Esses já foram imolados

Maria do Espírito Santo

E José Claudio, no entanto

Tiveram as vidas ceifadas

E o que nos deixa aflitos

São os constantes conflitos

Que acontece a mãos armadas

Outro foi morto em Rondônia

E essa ocorrência nos faz

Lembrar aquele massacre

Na terra dos Carajás

No ano noventa e seis

Morreram de uma só vez

Dezenove em Eldorado

E num debochado acinte

Agora completou vinte

Com mais um assassinado

Se uns lutam pela terra

E sua preservação

Outros depredam e devastam

Com ganância e ambição

Os insensatos grileiros

Poderosos fazendeiros

Grandes latifundiários

Se apossam indevidamente

E aplicam excessivamente

Seu instinto sanguinário

Mesmo o Nordeste sofrido

Já não é mais como outrora

Sem vegetação nativa

Nossa fauna foi embora

Sumiram os animais

Os pássaros não cantam mais

Só a lembrança nos resta

Daqueles matagais vastos

Agora só bois e pastos

Vivem onde era floresta

As cidades nem se fala

É grande a desolação

Gases tóxicos poluentes

Afetam a população

De modo insatisfatório

Problema respiratório

Atinge idoso e criança

Sem que ninguém colabore

De que um dia melhore!!

Nem se alimenta a esperança

Juventude viciada

Em drogas horripilantes

Estão expondo a perigo

Os seus futuros brilhantes

A margem do precipício

Enveredam pelo vicio

Se tornando dependente

Desse mal não se redime

Entra na vida do crime

Passando a ser delinquente

O ser humano é passivo

De passar tanto vexame

Terremoto, maremoto

Tufão, vulcão, tsunami

E demais estardalhaços

Por invadir os espaços

E agredir a natureza

Joga fumaça nos ares

Petróleo e lixo nos mares

Ela revida em defesa

Portanto o ser consciente

Deve agir com precaução

Pra que do planeta terra

Jamais haja a extinção

E não fique relegado

A um lugar desabitado

Nem chegue a ser reduzida

A um mero fragmento

Um ponto no firmamento

Que antes foi cheio de vida!!

Carlos Aires 11/06/2011