Um sonho do poeta
01
E quando chega dezembro
Da vontade de correr
Familiares de perto
Poder encontrar e ver
E aqueles que estão distantes
Vou tomar asas gigantes
Nesse voou sentir prazer
02
Chegando lá vou dizer
Saudade tem-me afligido
Como pouco e tenho insônia
Isso tem me envelhecido
Querendo vos encontrar
Flutuo no imaginar
Assim meus dias tem sido
03
Um desejo estremecido
Ver meu amor na instancia
Ver de cima o seu andar
Admirar-te a distancia
Filmar-te com o olho nu
Com olhar de urubu
Teu andar com elegância
04
Recordar a nossa infância
A calcinha bunda rica
Dos seus chinelos trocados
No inverno banho de bica
Balanço do juazeiro
Sinto falta o tempo inteiro
E quem infeliz não fica
05
E a ânsia se multiplica
Cada avanço que vou dando
Vendo o sol lhe aquecendo
Devagar lhe bronzeando
Cabelos solto ao vento
Faço cá meu juramento
Vou morrer lhe admirando
06
Na mente fico cassando
Me aqueço na luz do sol
Lembrando demais vocês
Da pescaria de anzol
Das casinhas nas calçadas
E as pedras por nós jogadas
No ninho de rouxinol
07
Na beleza do Arrebol
Em suave brisa fria
A imagem vai passando
Recordo com alegria
Vou curtindo com emoção
Vendo pai mãe e irmão
A saudade me alivia
08
Meu avô e a vacaria
Minha avó e o seu jeito
Superstições embutidas
Um olhar cheio de efeito
Que voou maravilhoso
Com esse olhar gostoso
É um fim de ano perfeito
09
Minha ilusão eu azeito
Nessa viagem ilusória
Revendo momentos bons
Reavivando a memória
E num prazer absoluto
Contando a cada minuto
Voando em minha história
10
Descrevendo minha gloria
Viajando em pensamento
Afagando a minha idéia
Relembrar é um tormento
Vendo as rugas do rosto
A calvície dá desgosto
Meu verso é um lamento
11
Saindo o esquecimento
Tudo novo aparece
O que estava obscuro
Lentamente se esclarece
A cada recordação
Machuca o coração
A tristeza permanece
12
Anoitece e amanhece
Do sol eu vejo o clarão
Alumiando a mata
Expulsando a escuridão
Os pássaros no arvoredo
Começam cantar bem sedo
Pra espantar a solidão
13
Na mesma imaginação
Vem curral e vacaria
O bezerrinho mamando
Vaqueiro na lama fria
Arreia e o leite tira
Nem reclama nem conspira
Fazendo com alegria
14
Com garoa e ventania
O contraste aparece
A frieza vem de cima
O esterco é quem aquece
É morno por natureza
Vaqueiro nessa pureza
Assim que o dia amanhece
15
Desanimo desaparece
A vacaria se anima
O bezerrinho festeja
O tomar da vitamina
O leite da mãe fresquinho
Nutrindo devagarzinho
Logo a festa termina
16
Meu prazer se desanima
Sem tomar do leite quente
Voando e imaginando
Sem ta no mesmo ambiente
Curtindo a brisa em sonho
Nesse cordel que componho
Tudo se torna presente
17
Vai se o dia lentamente
Nuvens mudam de lugar
O sol se esconde e aparece
Me ponho a imaginar
Não atrasa o compromisso
Faz devagar o serviço
Sem ninguém poder olhar
18
Deixa então de clarear
Vem à noite e seu perfume
O murrão exala o cheiro
Onde esconde o vaga lume
Que na noite de estio
Sobrevoa o baixio
Adubado com estrume
19
Só aumenta o meu ciúme
E o desejo de voltar
Olhar o céu estrelado
Linda lua a clarear
Prateando a verde mata
Ou saudade me mata
Ou sempre vai judiar
20
Mãe da lua a festejar
Rasga mortalha também
Cururu do olho grande
A procura de quenquém
Raposa no galinheiro
Um guará do verdadeiro
No sertão ainda tem
21
Só a noite conta bem
Desses heróis esquecidos
No meu sonho estou vendo
Todos eles escondidos
Em poucos ramos que restam
Por certo pra nada prestam
Nem mesmo pra ser vendidos
22
Por nada são perseguidos
A coruja e o três coco
Um canta no a alagado
A outra encima dum toco
Todos já em extinção
Como também o cancão
Se cantar, só canta rôco!
23
E no ponta pé e soco
A fauna assim é tratada
Brocando mata e queimando
Quem ver tudo não ver nada
A natureza reclama
Sem chover não brota a rama
A flora sofre calada
24
No sonho a meninada
Aparece em minha mente
Correndo de pés no chão
Naquele mesmo ambiente
Pois quando lá eu vivia
Sofrimento não havia
Isso maltrata agente
25
Riacho água corrente
Sapo boi e juruti
O gavião peneirinha
Fugindo do bem ti vi
E cobra acertando um bote
Numa lapa de caçote
Do tamanho dum jabuti
26
Eu fico a pensar daqui
As maravilha que pêrdo
Passarinhos na bebida
Cantando no arvoredo
Tocaias improvisadas
Juritis eram matadas
Sem precisar arremedo
27
A perdiz bebe água sedo
O inambu e o carão
Mais tarde vem a rolinha
Sabiá e o cancão
Se aquecem na luz do sol
Admirando o atol
Cheios de satisfação
28
Teiú e o camaleão
Já não bebem todo dia
Vez por outra aparecem
Um gosta da sombra fria
O outro da terra quente
Rastejando igual serpente
Num sol de dar agonia
29
O cantar de uma jia
Na véspera da trovoada
Assovio de lambu-pé
Da perdiz toda rajada
Um papa arroz sem destino
Golinha e caboclo Lino
Aguardam terra molhada
30
Depois da baixa alagada
Ninguém quer sir dali
Galinha d’água desfila
O marreco e o paturi
A jaçanã faz a festa
E o pouquinho que resta
Não quer mais sair dali
31
Soco boi e bem-te-vi
Festejam na água presa
Sapo boi e cururu
Gritam alto na represa
E a cobra jararaca
Armando o bote ataca
Um caçote sem defesa
32
Ninguém pense qué moleza
É verdade e existe
A cobra engolir um sapo
Se engasga mais não desiste
O bichim se esperneado
Abrindo os braços, gritando!
Não tem dó nem fica triste
33
Pena dar em quem assiste
A real cena brutal
Depois que come se perde
Cum instinto animal
E João de barro assunta
Constrói cum palha que ajunta
La no seco capinzal
34
Inda indica o temporal
Na posição da casinha
Rama e barro unifica
E sem radar ele alinha
Se vai chover muito forte
A porta fica pro norte
Eu num sei como adivinha
35
Pois do sul a chuva vinha
Aprendi, João não mente!
No ano que eu encontrava
Outra casa novamente
Corria pra ver de perto
E o desespero era certo
Com a porta pro nascente
36
Era um construtor contente
Todo ano construía
O que a casa indicava
Ele eu sei não percebia
Nada de fazer reforma
Repetia a mesma forma
Só o sentido invertia
37
A lama que ele trazia
Com o capim misturava
Nunca mais amolecia
Eu num sei cum que colava
Pois eu com a baladeira
Atirava sem canseira
E casa não se quebrava
38
Muito me admirava
E agora to percebendo
O valor de cada bicho
Que ta desaparecendo
Viajando nessa emoção
Quase parte o coração
Tudo em sonho revivendo
39
Canta a rolinha comendo
Semente de mussambê
Canta a casa de couro
Mode a outra responder
O preá faz seu caminho
E conserva bem limpinho
Pra depois não se perder
40
Inda pude um dia ver
Rolinha fogo pagô
Cantando num aveloz
Bem antes do sol se pô
E a asa branca inda ví
Num viveiro do meu tí
Na casa do meu avô
41
Vi também beija- fulô
Eu a chamava assim
Voava indo e voltando
Saboreando um jasmim
Um delicioso néctar
Onde a natura conecta
Tudo é saudade pra mim
42
Do começo até o fim
Recordo aquele bichinho
Se divertindo no ar
Beijando com seu biquinho
Saciando com prazer
Beijando sem receber
Da rosa; beijo e carinho!
43
Aquele Necta fresquinho
Recolhido lhe alimenta
As asas são as mais belas
Da forma que movimenta
Igual imaginação
Vai e vem na mesma mão
Só Deus sabe como agüenta
44
Aquele que sem ter venta
Não sei se gosta ou não gosta
Na função de incorporar
As fezes que ta exposta
De quem deixou no relento
Exposto ao sol e ao vento
Lá existe rola-bosta
45
Que corajoso se mostra
Sem ter pá ou enxadeco
Escava a terra cobrindo
Com ele não tem xaveco
Não tem medo de altura
Tamanho cor ou grossura
Exagero mais não peco
46
Sem resmungo, grito ou eco
Faz seu trabalho calado
Engenheiro, ele mesmo!
Faz tudo sem ser forçado
Pra dar vida a natureza
Sua arte, sua grandeza!
Sem nunca ser imitado
47
E não se mostra cansado
Quando parte é em oitenta
Velocidade normal
Pois somente ele enfrenta
O sofrer sem ter medida
Come merda toda vida
E nunca se aposenta
48
Só de merda se alimenta
O cardápio é variado
Mas não precisa serão
Pois à noite ta cansado
Já basta o que faz de dia
Na hora quente ou fria
Sem folgar um feriado
49
Já o concriz é folgado
Sempre banca o espertinho
Quando a casaca constrói
Com garranchos o seu ninho
Ele invade a dependência
Na mais cruel violência
E toma o lugar prontinho
50
E não usa um gravetinho
Pro ninho ficar perfeito
Joga fora os filhotes
Os ovos do mesmo jeito
Faz isso com crueldade
Põe os seus sem ver maldade
E choca no mesmo leito
51
Se achando no direito
A casaca se intimida
Sai chorando sem destino
E canta na mesma lida
Construindo outra morada
Cada talo uma alvorada
Já que aquela ta perdida
52
Recomeço é a partida
Pra fazer tudo de novo
Garranchos talos e embira
Sem ter vergonha do povo
Faz outra casa bem feita
E ainda por cima enfeita
Parabéns pro seu renovo
53
Botando o primeiro ovo
É linda a expressão
Cantando o macho e a fêmea
De todos chama a tensão
A casaca da exemplo
Na recordação contemplo
A grandeza no sertão
54
Exemplo de mansidão
Humildade e bom estilo
Cantando em tempo ruim
Feito rã ou mesmo grilo
Nasce o filho e ela educa
Filhote dela caduca
Educado e bem tranqüilo
55
E cantam sem dar vacilo
Sem tropeçar no cantar
Um galope a beira rio
Ou galope a beira mar
Cantam sem sair do tom
Um suave e puro som
Liberto grito no ar
56
Da casaca o trilar
Três - coco trila também
E cantam ao entardecer
Bem cedo canta vem-vem
De dia canta rolinha
Caboclo Lino e golinha
São pouco mais inda tem
57
Bem na hora do amem
No entardecer do dia
Anum preto se agasalha
Com outros em harmonia
Preferindo um juazeiro
Se aquecem no companheiro
Pra dormir na noite fria
58
E aquela gritaria
Na junção da passarada
Cada um canta o que sabe
Não tem quem não cante nada
Dão louvor ao criador
Naquele gesto de amor
Na simples arquibancada
59
Na noite de trovoada
É noite bem diferente
Canta a orquestra afinada
Sua cantiga descente
Sapo, rã e cururu
De lado deixa o lundu
Por ver a água corrente
60
E o jegue no sol quente
Não espera à hora fria
Se arma com sua beleza
No sol forte, ao meio dia!
Dando inveja a todo mundo
Pois se arma num segundo
Chega à espada alumia!!
61
Benza Deus, ave Maria!!
Que menina bem criada!...
Num importa o tamãe dele
Mais o tamãe da espada...
Pois cresce sem ter medida
Esnoba dando subida
E descansa pendurada
62
Vai socando a embicada
Quando ela vai soluçando
O manhoso nem se meche
Nem finge ta se coçando
Quando acha que encerrou
Recolhe o que demonstrou
E comemora rinchado
63
E assim vou viajando
Nessa visão que to tendo
Não apenas recordar
Mas me sinto revivendo
A doce vida da infância
Vejo a maior importância
Pois parece que estou vendo
64
É assim que eu acendo
Minha memória de vez
Quero sonhar dia e noite
Pra não passar de um mês
Posso não lembrar de tudo
Mas nesse simples estudo
Tudo presente se fez
65
Impera a insensatez
No outro lado da mente
Deixando algo de fora
Como se fosse demente
Recordar já é complexo
Relembro meio perplexo
Ocoração tudo sente
66
Resumindo finalmente
Lembro o morcego feioso
Sem temer a escuridão
Que sujeito corajoso
E vai cassar sangue quente
Se vacilar inte a gente
Cai na mão desse manhoso
67
Se achar chupa gostoso
E na manha se sacia
A noite faz sua rota
Pra dormir escolhe o dia
Amamenta a noite inteira
Adora uma biqueira
Casa velha e sobra fria
68
Tem também a cantoria
Cantador com compromisso
Fazendo verso animado
Daqui eu to vendo isso
Com a viola no peito
Cantando lá do seu jeito
Onde em nada é omisso
69
E pra eu que gosto disso
Imagem se descontrola
O filme passa depressa
Ligeiro se desenrola
Parece que estou vendo
Tudo isso acontecendo
Num lindo som da viola
70
O caboclo deita e rola
Naquela vida tão boa
Dorme cedo e acorda cedo
No despedir da garoa
Não é escravo de nada
A natura é a amada
E também sua patroa
71
Rio largo é a lagoa
Que a água só vai ao fundo
Único espaço que tem
E serve a todo mundo
Na prisão faz sua rota
Evaporando se esgota
O seu desgosto profundo
72
Já teve prazer profundo
Quando só ela existia
Que as moças vinham pra lá
Trazendo lata e bacia
Pra banhar na água presa
Belo corpo de princesa
E por sinal todo dia
73
Na formosura que havia
Na pureza sem igual
A água era limpinha
Parecia mineral
Começava em bãe de cuia
Depois se juntava a tuia
E mergulhava normal
74
Lagoa passava mal
Água beijando as meninas
Observando os detalhes
Areando as peles finas
Sugando aquele sabor
Expelido do calor;
Gases, aroma e salinas!!!
75
Maravilhosas as sinas
Da água e sobreviventes
Os peixes todos paravam
Com cenários tão decentes
E as mocinhas brincando
A água bela gostando
Alegrando seus viventes
76
Nas águas bem transparentes
Peixinhos sem marcar botes
Apreciavam os corpos
Ensinando aos seus filhotes
E todos feito um enxame
Vinham fazer o exame
Nas ricas partes e dotes
77
Já imagino os caçotes
Olhudos por natureza
Com aqueles olhos grandes
Apreciando a beleza
Uns aos outros comentando
Vendo elas se esfregando
Perfumando a água presa
78
Na fartura da pureza
A água nunca reclama
Todas estão perfumadas
Nem se quer cheiram a lama
Se encheram de delicias
Não houve em ambos malicias
E água é quem leva a fama
79
Meu desejo se derrama
Firmando um rio sedento
Tenho águas das mais belas
Mas não banho um por cento
E posso até banhar
Com as águas que brotar
Nas minas do pensamento
80
É lindo o meu ornamento
Um sonho real e puro
Revivendo coisas belas
Raciocinando seguro
Conectando o passado
Pra confrontar com cuidado
Meu presente e meu futuro
81
Cada traço do monturo
Tão selado cá na mente
Existe água empossada
Existe água corrente
Existe água brotando
E saudade vai lavando
Cada amargura presente
82
De setembro no sol quente
Eu lembro minhas caçadas
Atrás de mel de abelhas
Que não dessem ferroadas
Procurava a jandaíra
No ultimo caso a Cupira
Recordações bem guardadas
83
Despacho em encruzilhadas
Com vela e capão torrado
Um menininho grudento
Com catarro amarelado
Esperando o pai trazer
Rezar e depois comer
Ou povo desmantelado
84
Boi no carro encangado
Um manobrista cangueiro
Vacilão e displicente
Ganha nome de carreiro
Sabe os bois mais que ele
Mas ambos confiam nele
E lhe seguem prazenteiro
85
Lamento o tempo inteiro
Desde o começo do sonho
Por não ver tudo que quero
Mas o que vejo componho
O que não vejo a imagem
Crio com cara e coragem
Pra não acordar tristonho
86
Indisposto até me ponho
Depois da sena que vi
Uma imagem gloriosa
Prazer imenso senti
Saborear o renovo
Esperar o ano novo
Relendo o que escrevi
88
A minha terra revi
Descontrolado chorei
Lembrei senas pra chorar
E chorando contemplei
Uma beleza obscura
Agrura e desventura
No cenário que deixei
89
No tempo fui e voltei
Amei a ida e a volta
No alagado patinei
É onde a alma se solta
E no seco refleti
Saciei do que comi
E prossegui sem revolta
90
Na viagem tive escolta
Que estiveram comigo
O calendário dos anos
Me doando cada artigo
E a tabuada do tempo
Somando o que contemplo
Renovando o que era antigo
91
Tive também outro amigo
Marcando sua presença
O olhar introspectivo
Que deixou a alma tensa
Outro amigo bem visto
É o meigo Jesus Cristo
Me trazendo sua “bença”
92
Com Ele só há quem vença
Por isso que eu venci
Narrei o meu belo sonho
Chorei mas não desisti
Não me faltou argumento
Maltratou o pensamento
Mais em tudo resisti
93
E ainda não conclui
Mas já estou pondo o fim
Nas homenagens que faço
Trago pra junto de mim
Meus parceiros de rotina
Que me inspiram na sina
De versejar sempre assim
94
Por fim agradeço a mim
Pelo que eu mesmo faço
Sigo usando o bom senso
Pisando no meu corpaço
Sem beleza excitante
Sem muito ser elegante
Vou vencendo o embaraço
96
Muito bom foi esse espaço
Vou chegar a um centenário
Vou rimar por toda vida
Sem cobrar um só denário
Pode se acabar dezembro
Que eu vou versando o que lembro
Té virar o calendário
97
Registro em meu diário
Esse cordel que eu fiz
Recordando a minha terra
Dizendo o que a alma diz
Cantando o que encanta
E o plantado se implanta
Deixando a vida feliz
98
Não existe cicatriz
Na mente de um poeta
Que lhe impeça ser feliz
Ou alcançar sua meta
Quanto mais fundo o corte
Mais ele se mostra forte
E rimando se completa
99
Versando se sente atleta
Percorre o mundo inteiro
A mente é o avião
Sua estrada é o letreiro,
O espaço é a vitrine
E inspiração do sublime
E eterno pregoeiro!!!
100
Jeitoso e timoneiro
Atleta e sem orgulho
Imaginando ele faz
Lindos cordéis sem barulho
Tudo por amor a arte
Onde a vida é seu encarte...
No final é só fagulho!!
Escrevi esse cordel na década de 90 quando sentia um enorme desejo de ir ver meus familiares, mais as condições eram poucas...