AO SAUDOSO “PATATIVA DO ASSARÉ”!!!
HOMENAGEM AO ETERNO POETA PASSARINHO!!!
Pataitva do Assaré!! Sem sombra de duvidas foi à maior referencia da poesia autenticamente sertaneja e nordestina, com sua voz forte e seus versos belos cantou bravamente nosso sertão e levou aos quatro cantos desse Brasil o seu grito de alerta mostrando as necessidades dos mais carentes, em vários livros publicados mostrou a dura realidade do povo sofrido do nordeste aonde nasceu viveu e morreu.
Poeta reconhecido admirado e considerado o melhor poeta popular do Brasil soube honrar esse legado como ninguém e sua história jamais irá perecer, porque enquanto existir um poeta sertanejo estará viva sua memória, enquanto existir sertão “Patativa” será citado e lembrado por algum sertanejo que ama o sertão como ele amou.
Além de cantar à pobreza, a seca, a fome, os descasos políticos ele cantou também as belezas desses rincões que descreveu como ninguém jamais irá descrever.
Em sua homenagem fiz o singelo poema pela passagem de sua data natalícia que se vivo fosse estaria completando no dia 05/03/2011 cento e dois anos.
Segue abaixo o poema em áudio e texto para que o leitor/ouvinte possa lembrar e refletir sobre esse estro que em prosa e versos tão bem contribuiu com a nossa cultura e com o nosso povo nordestino.
AO SAUDOSO “PATATIVA DO ASSARÉ”!!!
Aos cinco de março do ano de nove (1909)
Pesquise e comprove pra ver se não é
Nasceu um poeta da verve ativa
Que foi “Patativa” lá do Assaré
Cantando os males da seca tirana
Serra de Santana é o lugar que nasceu
Assaré a cidade que lhe deu o nome
Lutar contra a fome foi o lema seu
Foi forte bravio de forma incansável
Seu canto agradável orgulha a Nação
Defendeu com garra o pobre migrante
De forma elegante cantou o sertão
Quem não admira a “Triste Partida”
Que descreve a vida e as realidades
Do pobre matuto faminto e sofrido
E tão esquecido das autoridades
A sua linguagem autêntica matuta
Fez parte da luta desse sertanejo
Inculto, iletrado, mas cumpriu a meta
E outro poeta maior eu não vejo!!!
Se vivo inda fosse eram cento e dois anos
Mas Deus em seus planos o envolveu num véu
Da presença física na terra nos priva
E feliz “Patativa” hoje canta no céu
Em dois mil e dois aos oito de julho
Quem nos deu orgulho com os versos seus
O poeta brilhante na paz ou na guerra
Deixou-nos na terra e foi morar com Deus
Carlos Aires
04/03/2011