LARGUEM OS OSSOS DE JOÃO BATISTA

João Batista de Jerusalém
Foi pregador de Nazireu
Previu a vinda do Messias
E alertou todo povo judeu
Acabem suas heresias
Para ter um reino seu

No reinado de Tibério
Surgiu o pregador
Em discursos públicos
Demostrava seu amor
Parecia encarnação de Elias
Com palavras do senhor

A inovação de João Batista
Causou muita polêmica
Convertia os gentios
Numa visão ecumênica
Pregou o que viria
Sem prever encrenca

A mando do Rei Herodes
Foi preso na Pereia
E na masmorra de Maqueronte
Foi contestado sua ideia
Por capricho seria decapitado
Por inveja ou medo de uma judia

Foi assim que morreu o orador
O homem que pregava o batismo
Como forma de purificação
O Messias do Mandeísmo
Conhecido até a linha do Oriente
Como o Elias do espiritismo

João Batista o consagrado
Do batismo a purificação
Que até Jesus o procurou
Reverenciado em seu sermão
Pela sua disseminação da fé
E grande orador da pregação

Subjugado à soberania dos gentios
João batista Judeu de educação
Pregava a liberdade do povo
E do Reino dos Céus a antevisão
Anunciava a época de justiça
Que seria naquela geração

Anunciava Messias para breve
Nas suas breves pregações
O povo na ânsia de liberdade
Acreditavam nas admoestações
Mas a ambição foi tão grande
Que a Jesus fizeram negações

No Vau de Betânia
Passagens de viajantes
Pregava e enviava mensagens
Para lugares distantes
Diante das 12 pedras de Josué
Proferiu palavras importantes

Hoje só lhe restam os ossos
Que exploram em basílicas
Uns vivem de pregar a fé
Outros exploram e ficam ricas
Erguem templos e monumentos
Em nome de atrações turísticas

Suas partes estão em todo lugar
Do rio Jordão ao Rio Negro
Sua mão no mosteiro Cetinje
Nas bandas de Montenegro
Relíquias no deserto do Egito
São Macarius é o mosteiro

Mesmo queimada na fogueira
Está exposta em relicário a cabeça
In Capite na Itália está o mistério
Para que o povo nunca esqueça
Do João Batista o batizador
E pregador da esperança

Em Damasco na Síria
Umayyad é a mesquita
Dizem que tem um crânio
Do pregador João Batista
Ai já são duas as cabeças
Fato de preocupar qualquer analista

Em Constantinopla saquearam uma relíquia
Trazida nas cruzadas para França
Encontra-se na igreja Notre-Dame D’Amiens
Também como fonte de esperança
Estranho que guardam na igreja
Outra suposta e incrível cabeça

As cabeças de João Batista
Aparecem em todo lugar
No Residenz na Alemanha
O Museu também diz guardar
E foi o Duque da Bavária
Quem deixou para doar

O Imperador Constantino
Em andanças e descobertas
Também teria trazido um braço
De terras quentes e desertas
No Museu Topkapi em Estambul
Estão expostas estas peças

O mapa do turismo religioso
Tem com fonte sete destinos
Dentes e lascas na Bulgária
É tido como objetos divinos
Todo dia toda hora aparecem partes
Falta agora provar se são cristalinos

Eu com minha pouca ciência
Quero ao mundo pedir
Deixem João Batista em paz
Para seu espirito partir
Não explorem a fé do povo
Sem saber o que tem por vir

Autor: Leon Gomez em 09 de setembro de 2010
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 09/09/2010
Reeditado em 26/05/2011
Código do texto: T2488774
Classificação de conteúdo: seguro
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