FAÇA IGUAL QUE EU QUERO VER!
Eu andei com Zebedeu
Lá nas terras de Canudos
Formei-me sem ter estudos
Enfrentei um filisteu
Seis palmos maior que eu
Botei ele pra correr
Fiz a bússola perder
O rumo certo do norte
Enfrentei a própria morte
FAÇA IGUAL QUE EU QUERO VER!
Eu fui um cara de sorte
Nas terras onde nasci
Em rio de leite cresci
Tornei-me um sujeito forte
Adquiri um transporte
E fui em Marte viver
Aprendi, pra conviver,
A língua daquela gente
E nela canto repente
FAÇA IGUAL QUE EU QUERO VER!
Eu plantei uma semente
E a reguei com carinho
Quando cresceu fez caminho
Pro lugar que não se mente
Oásis onde o descrente
Não pode compreender
Sempre vou lá pra perder
O ranço que dá a vida
Diz minha alma enternecida
FAÇA IGUAL QUE EU QUERO VER!