É NA MEMÓRIA DOS VIVOS QUE OS MORTOS PERMANECEM

Dezenove de novembro

O dia do Cordelista

E profeta nordestino

Um verdadeiro artista

Aluno e professor

E grande divulgador

Da arte feita e escrita

Dezenove de novembro

Também dia da bandeira

Belo retrato fiel

Desta nação brasileira

Por sua força ativa

Deixou de ser cativa

De uma nação estrangeira

Sou cordelista nato

Nascido aqui no Nordeste

Dotado por natureza

Não vim do sul nem do leste

No verso e na poesia

Como o Gonzagão dizia

Eu sou um cabra da peste

No versar de Castro Alves

Que também denunciava

O terror da tirania

Que portugueses aplicava

Nos índios e negros africanos

Para locupletar os seus planos

O nosso ouro levava

E José do Patrocínio

Outro mulato guerreiro

Lutou contra a escravatura

Vinda em navio negreiro

Lutava na rua e na praça

Defendendo sua raça

E o índio brasileiro

Joaquim José da Silva

O nosso herói Tiradente

Homem forte e lutador

Por um Brasil independente

Morreu, entrou na história.

Hoje ele vive na glória

E na memória da gente.

Foram homens e mulheres

Pela história se conhece

São heróis e heroínas

Que a gente nunca esquece

Hoje não há escravo ou cativo

É na memória do vivo

Que o morto permanece

São muitas as pessoas

Me viram e não me conhecem

Outros se dizem esquecidos

Minha história desconhecem

Entre senhores ou nativos

É na memória dos vivos

Que os mortos permanecem

Poeta: José Bezerra

Em 23 de outubro de 2009.

Zé Bezerra o Águia de Prata
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 24/10/2009
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