A HISTORIA DE UM HOMEM SEM DEUS!!!
A HISTORIA DE UM HOMEM SEM DEUS!!!
Todo aquele que só pensa
Em fortuna e vaidade
Só visa luxo e riqueza
E não faz uma caridade
Nem ao menos crê em Deus
No futuro os dias seus
Serão de infelicidade
Vamos falar na verdade
De um sujeito avarento
Rico de terra e dinheiro
Mas pobre de sentimento
Não ajudava o irmão
Se lhe pedissem um pão
Respondia violento!!
Vá arranjar seu sustento
E saia daqui seu imundo
Está pensando que eu trabalho
Pra sustentar vagabundo
E o Deus que você adora?
Vá lá! Peça a ele agora!
Não é o dono do mundo?
Vocês que investem fundo
Nesse Deus! Nesse Jejus!!
Dizem que é a salvação
Vêem no fim do túnel é a luz
Vejam os poderes incertos
Morreu de braços abertos
Pregado em uma cruz
Esse Deus não me seduz
Nem quero aproximação
Eu tendo muito dinheiro
O que eu quiser está na mão
Esse eu domino e traquejo
Confiar em quem não vejo?
Não sou tão besta assim não
Resolvo qualquer questão
No dinheiro confiado
Tenho fazendas, casas boas
Carro do ano importado
Não foi Deus que me deu não
Tudo que tenho é ação
Do meu trabalho suado
E depois de ter trabalhado
E arranjar tudo que tenho
Não vi Deus no meu roçado
Nem sequer no meu engenho
Tudo que eu adquiri
Com esforço eu consegui
É fruto do meu empenho
E não vá pensar que venho
Aqui conversar besteira
Nem acreditar numa coisa
Que pra mim é corriqueira
Quem crer nesse Deus tão nobre
Nasce cresce e morre pobre
Sem ter nada a vida inteira
Eu acho que é uma asneira
Esse Deus que o povo fala
Só tem poder quem possui
Roupas de marcas na mala
E ainda pra ser mais franco
Uma poupança no banco
Poder nenhum lhe abala
Quem tem posses não se cala
E nem precisa fazer prece
Tendo plano de saúde
Na hora em que adoece
Não vai pra fila do SUS
Nem precisa de Jesus
Porque rico não padece
Um padre diz se esquece
Da vida espiritual
Ou acha que com valores
Compra o plano divinal
Não confie tanto na sorte
Prepare-se, que após a morte
Lá todo mundo é igual
É no trono celestial
Onde todos se igualha
Lá não tem cartão nem cheque
E nem tem bolso em mortalha
E a partir desse instante
Deixe de ser arrogante
Se renda, jogue a toalha!
E pra que não haja falha
Escute com atenção
Vá até lá na igreja
Se ajoelhe e faça oração
Tome logo essa atitude
Pra que sua vida mude
E Deus lhe conceda o perdão
Ele disse capelão!
Não preciso de conselho
Nem me compare aos fiéis
Com eles não me assemelho
Se fosse o senhor! Vigário
Deixava de ser otário
E faria de mim espelho
O padre ficou vermelho
E saiu sem dizer nada
Ciente que aquela alma
Já estava condenada
Tentei! Mas ele se esquiva
E ainda me incentiva
Para siga sua estrada
Mas a mensagem sagrada
De voltar lá fez questão
Dessa vez foi o pastor
E com a bíblia na mão
Disse vamos conversar?
Vim aqui pra lhe mostrar
O caminho da salvação
O homem disse aqui não!
Pode tomar outro rumo
Esse Deus que vocês falam
Dele eu não faço consumo
E ainda digo ao senhor
Pra mim tem menos valor
Do que um monte de estrumo
O Pastor disse, em resumo
Quero mostrar o valor
De Deus pai onipotente
Que de tudo é o criador
E pra que desse a prova disto
Morreu na cruz Jesus Cristo
Pra ser nosso redentor
Ele disse, por favor,
Não se meta em minha vida
E apontando- lhe mostrou
Logo a porta de saída
Deixe de sua insistência
Senão perco a paciência!
Que gente mais atrevida!
Logo o pastor fez partida
Mas ainda pôde dizer
Procure-me lá na igreja
Se acaso se arrepender
Pode ir desinibido
Que lá será recebido
Por nós, com muito prazer
Jamais por lá vão me ver
E vá embora calado
Porque não estou disposto
Pra ouvir seu palavreado
Vá baixar noutro terreiro
Saiba que tempo é dinheiro
Não ver que estou ocupado?
Mas, no momento adequado
Deus é justo e até castiga
Pra que qualquer ser rebelde
A sua doutrina siga
E saiba que é superior
Para mostrar seu valor
Na calma, sem que haja briga
E o personagem que o diga
A partir desse momento
Sua vida de arrogante
Ficou no esquecimento
Quem a Deus não é temente
Ver seu ímpeto de repente
Transformar-se em sofrimento
O furor é um sentimento
Que se destrói por seqüência
Irmão grêmio do rancor
E filhos da violência
Mas Deus faz com que aprendam
E pouco a pouco se rendam
As ordens da paciência
Quem tinha tanta influencia
Ficou sem ação nem paz
Ao ver todos seus negócios
Começarem dar pra traz
E muito rapidamente
De uma maneira inclemente
E numa rapidez voraz
Definhou ainda mais
Quando alguém telefonou
Dizendo a sua empresa
A noite se incendiou
Pra deixá-lo mais ranzinza
Somente um monte de cinza
Foi tudo que lhe sobrou
Logo outro lhe chegou
Pra dar o triste recado
Vá direto pra fazenda
Pra ver como está o gado
A mortandade é sem fim
Se continuar assim
Breve estará acabado
Ele muito aperreado
Logo no seu carro entrou
Saiu em velocidade
E numa curva sobrou
Foi tudo tão de repente
E nesse terrível acidente
Varias vezes capotou
E nas ferragens ficou
Preso sem poder sair
Sofrendo muitas fraturas
Mas conseguiu resistir
O levaram para o hospital
Estava mal, muito mal
Mas deu pra sobressair
Sem poder contribuir
Com o plano bom que tinha
Foi para um hospital público
Pra uma enfermariazinha
E ali sem constrangimento
Fez seu reconhecimento
Meu Deus que vida mesquinha
Perdeu tudo quanto tinha
Porém foi um vencedor
Com essa lição de vida
Trocou ódio por amor
Arrogância por humildade
E reconheceu a verdade
Que Deus é superior
E assim sem nenhum temor
Seguiu sua diretriz
Demonstrou que a imponência
E a riqueza não condiz
Se Deus não estiver presente
Dentro do peito da gente
Nada nos fará feliz
Carlos Aires , 12/05/2009