QUANDO CANTO AS BELEZAS DO SERTÃO / SINTO A ALMA FELIZ E ALIVIADA...
QUANDO CANTO AS BELEZAS DO SERTÃO
SINTO A ALMA FELIZ E ALIVIADA...
Como é rico o Nordeste brasileiro
Em cultura, também em fauna e flora
Paisagens tão belas nos afloram
Um desejo aprazível e fagueiro
O seu povo é modesto e hospitaleiro
Cada noite é bonita e estrelada
A aurora no fim da madrugada
Cada pássaro declama o seu refrão
Quando canto as belezas do sertão
Sinto alma feliz e aliviada
Quando escuto o aboio do vaqueiro
Que ecoa no vale e serrania
Nosso peito repleto de alegria
Prazeroso, é esse canto mensageiro
Encanta-nos enleva e é prazenteiro
O cantar da alegre passarada
Cantoria, novena e vaquejada
E o folclore enobrece a região
Quando canto as belezas do sertão
Sinto alma feliz e aliviada
Quando bebo a água de barreiro
Como mel de um cortiço de uruçu
Delicio-me chupando um doce umbu
Como fruta de palma e de facheiro
E a noite a luz do candeeiro
Deixa a casa um pouco fumaçada
O matuto se senta na calçada
Contemplando da lua o clarão
Quando canto as belezas do sertão
Sinto alma feliz e aliviada
Quando escuto o galo-de-campina
Com seu canto elegante e estridente
Sabiá declamando docemente
Vejo a serra embaçada de neblina
Mais parece até que a mão Divina
Desenhou essa cena aqui citada
A paisagem que ora é relatada
Atingiu a sublime perfeição
Quando canto as belezas do sertão
Sinto alma feliz e aliviada
CARLOS AIRES, 22/09/2008
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