CORDELISTA
É um fio de navalha
O Poeta repentista
Enriquecendo o Cordel
Se for pedra, é ametista
E se for metal, é ouro
Detém um grande tesouro
Nosso vate Cordelista
Sigo a orientação
Do Poeta Zé da Luz
Das "Frô de Puxinanã"
Cujo Parnaso induz
O cantar de passarinho
E o dedilhar do pinho
Em um Cordel que reluz
Do Poeta a incumbência
Aromatizar a flor
É de sentir o orvalho
Pra traduzir o frescor
Pintar a prata da lua
A onda quando recua
Da madrugada o alvor