CAVALGANDO NA SAUDADE!!!

CAVALGANDO NA SAUDADE!!!

Tantas léguas da terra onde nasci

Me separam daquele paraíso

Quando jovem mudar-me foi preciso

Pois a seca feroz, não resisti

Nos caminhos da vida prossegui

Carregando o velho matulão

A tristeza invadiu meu coração

Construindo montanhas de saudade

Hoje vivo morando na cidade

Me lembrando da vida do sertão

Respirava nas belas alvoradas

O ar puro que vinha das colinas

Via a serra coberta de neblinas

E cantar, escutava as passaradas

A frieza naquelas madrugadas

Quando lembro me bate a emoção

Tirar leite depois cortar ração

Num viver de pureza e qualidade

Hoje vivo morando na cidade

Me lembrando da vida do sertão

Meu cavalo bonito era tratado

Com carinho coragem e muito zelo

Eu montava sem sela só no pelo

Muito cedo pra campear o gado

Grande porte e sempre preparado

Para entrar qualquer hora em ação

Não consigo esquecer meu alazão

Que outrora me deu felicidade

Hoje vivo morando na cidade

Me lembrando da vida do sertão

Pra viver no sertão não posso mais

Visitá-lo só traz melancolia

Ao lembrar os momentos de alegria

A memória não apagará jamais

Estão gravadas as minhas digitais

Sobre o solo daquela região

E guardadas as lembranças ficarão

Pra que possa levar pra eternidade

Hoje vivo morando na cidade

Me lembrando da vida do sertão

Carlos Aires, 27/07/2008

COMENTÁRIO DO POETA

JACÓ FILHO

Esta minha vida na cidade,

É uma dor que não mereço...

Do meu sertão eu não esqueço,

Bem como da minha felicidade...

A vida urbana é uma maldade,

Que a gente não traz do berço..

Enviado por Jacó Filho em 27/07/2008

COMENTÁRIO DE

ARNAUD AMORIM

Eu também sinto forte emoção

Ao ler esta poesia tão bonita

Minha alma chora e fica aflita

Vou contar a minha recordação

Tomei banho de açude, joguei bola

Criei muitos pássaros em gaiola

Botei água no pote de galão

Tudo agora passou virou saudade

Hoje vivo morando na cidade

Me lembrando da vida no sertão.

ENVIADO ARNAUD AMORIM EM 28/07/2008

Carlos Aires
Enviado por Carlos Aires em 27/07/2008
Reeditado em 11/09/2009
Código do texto: T1099851
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