PODER E GUERRA DENTRO DO PEITO (microconto)
Pouco importa a terra, alqueire, hectare, acre, verde, ocre, úmido ou alagado. Seja bento o terreno, caatinga, cavernoso, floresta, planície, morro, cerrado ou arenoso. Propenso às catástrofes naturais, mansas ou fatais. Quiçá incêndios, queimadas ou vulcões. Deseja-se até pântanos amaldiçoados, mangues, oásis abençoados, tufões desgovernados, movediças areias, furacões atrozes, ou paraísos fiscais. O borbulhar do poder, rasga o bom senso, perde-se o cuidado, emoldura-se a conquista infame, cruel e absurda, ornando ditadores, terroristas e fanáticos. Só sente o valor, caso se ache a melhor bolacha do pacote. Mas, o furor febril do poder, desarma Países, une continentes e, na vitória, explode-se os aliados venais e, enfim, brinda-se com cápsulas contra cefaléia, taças de antiácido e sorrisos irreais.
Surreal!
Donos de nada.
Abismo imoral.